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Sindicato considera que alunos no estrangeiro estão a ser discriminados

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“No passado dia 13 do corrente abriu oficialmente a ‘caça à propina’, na Alemanha e Suíça para todos e em França e Luxemburgo a partir do 7° ano, ou, mais corretamente, o assédio ao bolso dos pais de alunos portugueses no estrangeiro”, acusa o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL).

O sindicato recorda que, no ato de inscrição, os pais de crianças a aprender português nesses países devem pagar a quantia de 100 euros para “continuar a ter aulas de Português uma vez por semana, cerca de 60 minutos no máximo, em péssimas condições, com crianças e jovens desde os 6 aos 16 ou 17 anos , lecionados em grupos tão heterogéneos que muitas vezes comportam alunos de 5 níveis diferentes de escolaridade”, critica o sindicato, em comunicado enviado ao BOM DIA pela sua Secretária-Geral Teresa Duarte Soares.

O SPCL recorda a “promessa de redução do montante feita pelo PS”, mas lamenta que “nada se viu”. E considera lamentável que “políticos ligados à emigração afirmam que está tudo bem porque os alunos não pagam os manuais”, e existem descontos  para os chamados casos sociais. E o sindicato ironiza: “uma enorme generosidade por parte de um Governo que no passado dia 2 de dezembro condenou os pais dos alunos portugueses no estrangeiro a continuar a pagar a inconstitucional taxa de frequência, porque ao que parece se o Instituto Camões perder o milhão de euros que embolsa com esse pagamento ficará na ruína, apesar de em dezembro de 2021 ter recebido mais de 17 milhões de euros, verba destinada a tablets e computadores a distribuir por alunos e professores, de que até hoje não há rasto”.

O sindicato considera a situação do ensino de português uma “fraude” por “recusar um direito aos portugueses, mas proporcionar ensino gratuito e de qualidade nos cursos frequentados por uma maioria de alunos de outras nacionalidades, ou até só com alunos estrangeiros”.

“Correto não pode ser, como também não é correto nem aceitável que os professores portugueses a cargo do citado Instituto tenham sido de novo relegados para segunda prioridade nos concursos em Portugal, o que dificulta obter vinculação, pois o ME afirma que esses professores já não lhe pertencem e o Instituto Camões nem sequer se digna reunir com os representantes sindicais para terminar com a precariedade no EPE, onde há cada vez menos alunos e menos professores, apesar da publicidade enganosa para fazer crer que tudo está muito bem”, conclui o sindicato.

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