Da série tenho em mim todos os males do mundo… também tenho para mim que imensos funcionários públicos têm grandemente – não todos e há muito boas excepções; digo-o sem eufemismo – condições que não tem, por sombras, um trabalhador do privado.
Não é preciso dar muitos exemplos, além de que ganham mais. Que têm privilégios a nível de férias, assistência na saúde, a estabilidade emocional de ter o lugar cativo, muito seguro, e também – disse também, entre outros privilégios, outras alcavalas.
Digo enúmeras vezes, e cada vez há mais razões para tal, que o mexilhãozito português tem de sina, de fado, um péssimo e desgraçado procedimento por parte considerável de funcionários públicos, dos serviços públicos.
O Brasil não tem só males. Àquilo que nós chamamos funcionários públicos, eles chamam servidores públicos. – Ainda que se fiquem pelas intenções.
Vejamos: se o funcionário é efectivo não precisa de se esmerar porque tem o lugarzinho garantido. Por sua vez, o precário, sabe que a todo o momento vai para a rua, também não precisa de se esmerar.
Não interessa a competência do precário. E sei do que estoouuu a falaaar! Presencio tanta vez que poderia mensurar uma lista longa e diversificada.
Salvaguarda-se alguns precários que aguardam o ok, no quadro do regime a que eu denomino coleguismo para passarem a efectivos. O coleguismo já rivaliza com aquela instituição tão portuguêsa que tem o nome do senhor Cunha.
Temos assim: Serviço público é maioritariamente fatal. O efectivo tem o lugarzinho garantido. O precário não tem o futuro garantido, não se esmera nem chega a estar preparado porque o efectivo não instrói o colega, sendo que teríamos todos a ganhar.
Estes também são muitos os apontamentos, os dedos a apontar com objectividade, indesmentível.
Num serviço de saúde da minha cidade, quando solicito um serviço fundamental, a senhora não deixou de levantar o óbice que visava, segundo a senhora, pedir uns papéis noutras duas instituições de saúde que apesar de ser desnecessários, seria ali a fonte, o local de onde emanava a tramitação do serviço.
Quando eu digo com toda a boa fé que para obviar o serviço “só precisava de boa vontade”, riu. Aqui poderíamos evocar o SIMPLEX, que é a realidade – a informática veio para derrubar as barreiras.
Por fim, e por mor do Covid 19, que além de não nos largar, também tem as costas largas para arcar com imensas desculpas.
Assumindo uma posição de superioridade, um “segurança” – ainda hei-se aprender o que isto quer dizer… – faz o favor de se impôr – ao verberar que a colocação da máscara não era assim – quando um circunstante se aprontava a posicionar de acordo com as regras do Período Pós-Pandémico.
Temos (ainda) que desmascarar muitos serviços, muitos procedimentos.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)