Rupio ao lado das associações que exigem voto eletrónico
Organizações de portugueses na diáspora lançaram uma petição apelando ao voto eletrónico dos portugueses no estrangeiro e ao aumento do número de deputados eleitos pelos círculos da emigração, apoiada pelo conselheiro das Comunidades na Bélgica, Pedro Rupio.
“Num momento em que está a lançar-se o consulado virtual, uma ferramenta que irá ajudar as Comunidades Portuguesas residentes no estrangeiro a resolver ‘on-line’ uma série de questões administrativas, continua pendente a possibilidade de votar-se eletronicamente cá fora, um dos pontos que consta na petição e que constitui uma reivindicação defendida na Diáspora há pelo menos vinte anos”, refere Rupio, num comunicado esta quinta-feira divulgado.
A petição, sublinhou, defende a uniformização dos métodos de votação para todas as eleições (europeias, presidenciais e legislativas) em que as Comunidades Portuguesas podem votar.
Atualmente, os votos nas europeias e presidenciais é presencial e nas legislativas o direito de voto pode ser presencial ou por correspondência, mediante escolha prévia do eleitor junto da respetiva comissão recenseadora no estrangeiro, até à data da marcação da eleição.
Segundo o conselheiro comunitário na Bélgica, “está comprovado que o voto presencial nos consulados tem sempre tido resultados alarmantes com uma abstenção média em torno dos 99%. Já com o voto postal, a participação eleitoral chegou a ultrapassar os 250.000 votantes nas últimas eleições legislativas”.
A petição defende ainda o aumento do número de deputados eleitos pelos círculos da Emigração, que elegem apenas quatro: dois no círculo da Europa e outros tanto no de fora da Europa, que representam um número estimado de cinco milhões de portugueses e lusodescendentes.
A ex-secretária de Estado das Comunidades Portuguesas Berta Nunes garantiu, em 2021, existir a tecnologia para lançar o voto eletrónico, uma prioridade do seu mandato que ficou por cumprir.