Aprendeu cedo a necessidade de olhar o horizonte.
– Sempre em frente, sempre para o alto.
Amou quando teve de amar! Lutou, sempre e muito, quando teve de lutar.
Nunca se arrependeu. Mas soube sempre até onde lhe era permitido ir.
Caiu, tantas vezes, rasgou joelhos e o coração. Tantas vezes a alma! Demasiadas vezes!
Soube sempre qual era o seu lugar!
Sempre que teve de partir, o coração era uma ferida profunda, chaga aberta, abismo de dor e cinza.
Depois, o tempo fez sempre o seu dever. Apaziguar as mágoas, preenchendo o espaço de luz. Muitas vezes opaca, difusa, intermitente.
Teve a consciência em paz. Nunca , até hoje, ocupou ou tirou o lugar de ninguém. Já o contrário terá sido uma constante.
Conhece , hoje, as suas fraquezas, mas muito mais as suas forças.
E, é delas e com elas que se alimenta diariamente!
Sabe, também, quem quer que permaneça consigo.
Se é para lhe acrescentar alguma coisa, tem lugar e farnel, caso contrário, pode ir ocupar outra estrada.
Isto pode ser meu, ou de outra pessoa qualquer. São imagens, trilhos, sentido e sentires comuns a todos. Retalhos de vidas a céu aberto.