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Ramalhão: Doçaria de Sintra chega a Macau

Tradição artesanal, qualidade e sofisticação são os atributos da Ramalhão, uma marca de doçaria tradicional de Sintra que irá abrir o seu primeiro espaço a 24 de junho, dia de São João, em Macau, na Rua do Dr. Pedro José Lobo, 澳門羅保博士街36號地下B舖.

Tradição iniciada no princípio do século XX pelo seu bisavô, Carlos d’Almeida, em Sintra, região emblemática que durante anos foi uma referência de qualidade no fabrico e venda da pastelaria conventual sintrense.

Nascido em 1902, Carlos D’Almeida fundou a pastelaria Ramalhão e ao longo dos anos foi passando o seu conhecimento, a sua experiência, a sua arte, o seu legado, ao seu filho José D’Almeida, anos mais tarde, os seus netos deram continuidade a estas receitas tão estimadas e valorizadas pelos portugueses.

Hoje, as receitas dos seus produtos são centenárias, aliam-se às mais modernas técnicas de fabrico que garantem segurança, qualidade e longevidade dos produtos, pois a marca Ramalhão acredita que o conceito “tradição” e “inovação” podem, juntos, tornar-se o futuro da doçaria sintrense.

Francisco D’Almeida e sua filha Patrícia D’Almeida formada em hotelaria e licenciada em turismo, ambicionam dar continuidade à tradição familiar de confeção de doçaria sintrense, e visam levar a queijada ao mundo, e o mundo à queijada, através da marca Ramalhão deixada pelos seus antepassados.

Verdadeiro património gastronómico nacional, a doçaria de Sintra tem mais de oito séculos de história. A origem das famosas queijadas é atribuída aos frades da região, exímios na arte da culinária. Durante a Idade Média, o prestígio deste doce de Sintra era tão grande que chegou a ser utilizado como moeda para liquidar remissões e pagamentos de foros.

Hoje, a doçaria tradicional de Sintra continua a conquistar visitantes de todo o mundo, que se rendem aos doces encantos das queijadas e dos travesseiros, fabricados segundo métodos tradicionais e com ingredientes naturais como o queijo, ovos, açúcar e canela.

A vila de Sintra é mundialmente conhecida pela sua beleza natural e pela sua arquitetura – e também pelas suas especialidades gastronómicas, onde ganham destaque as célebres queijadas e os travesseiros.

A Ramalhão está a apostar na sua internacionalização e na procura de novos mercados. Historicamente, Macau beneficia da sua longa tradição de porta entre o oriente e o ocidente, sobretudo desde a chegada dos portugueses em 1557 e, com eles, de muitos produtos oriundos de destinos distantes na Europa, em África ou na América – produtos que se foram misturando nas comidas locais com centenas de outros produtos asiáticos, criando receitas originais e, sobretudo, muito saborosas.

Hoje não há tipo de comida que não se encontre em Macau: chinesa, japonesa, indiana, malaia, portuguesa, francesa, coreana, tailandesa e, claro, a irresistível cozinha macaense que resulta do casamento feliz entre a gastronomia portuguesa e a chinesa, utilizando ingredientes e temperos europeus, africanos, indianos e do sudeste asiático. Com mais de 450 anos de história, a comida macaense é uma verdadeira fusão de sabores e técnicas culinárias, onde brilham pratos apurados com especiarias, como o açafrão-da-Índia, a canela, o cravo e o leite de coco que dão aos pratos aromas e sabores que ficam na memória.

Devido à especificidade do mercado de Macau, à variedade de opções e à abertura dos macaenses para experimentar diferentes sabores e texturas, Ramalhão considerou ser um mercado com especial interesse.

A gastronomia é um dos novos motores do turismo em Macau. Pelas ruas do centro histórico ou nos restaurantes de topo, instalados nas galerias dos maiores hotéis do mundo, a comida está no centro das atenções de milhares de visitantes. A simples menção de Macau faz “água na boca” à maioria dos turistas, não só para jogar no casino, mas também pelo prazer antecipado de comer um pastel de nata fresco, acabada de sair do forno.

A doçaria portuguesa é já apreciada em terras macaenses, contudo os doces sintrenses ainda não foram apresentados formalmente. A Ramalhão promete trazer a tradição, história e qualidade da doçaria de Sintra, através do seu mestre queijadeiro Francisco D’Almeida. Junto com as queijadas teremos também os famosos travesseiros de Sintra e os pastéis de nata que prometem deliciar os macaenses. A Ramalhão aposta no sucesso da marca em Macau, pelo que já equaciona a abertura de uma segunda loja, também num ponto de muita afluência de turistas.

 

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