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Primavera

Minha prima vera menina de fama

 

Escadas e sacadas floridas

vasos de sardinheiras, de manjericos

semeados em caixotes e penicos,

não é Lisboa, nem Alfama,

é a primavera que clama

pela vida, pelo prazer e delírio.

 

Em toda a parte há trepadeiras,

no céu, um arco-íris com flores,

cheira a rosmaninho e chocolate,

a ovos cozidos, cheira amores,

e a promessas em toda a parte.

 

Cheira a algas e maresia

a giestas floridas com abelhas

cheira a primavera e a poesia.

Cantam gaivotas, sobem marés,

acordam as árvores, chegou a primavera,

uma rã pula na relva ao lado de meus pés.

 

Uma menina borrifa com aloés,

sua cama virgem e bravia,

onde os noivos num leito de flores,

desfolham minutos e dias,

enalando promessas de ardores,

onde um corpo ideal e transparente

é trespassado pelo sol do poente.

 

Chegou a primavera, chegou a alegria,

chegou uma menina de fortes almejos,

despediu-se da chuva do inverno,

e abraçou a primavera aos beijos.

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