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Pressão nos aeroportos ainda não afeta turismo português

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O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, afirmou esta quinta-feira que a economia portuguesa é a que mais cresce na zona euro pela reabertura do turismo internacional, não prevendo para já que a pressão nos aeroportos europeus afete esta retoma.

“Temos o crescimento mais forte do que o esperado para Portugal e isto é substancialmente baseado nos resultados do primeiro trimestre, […] e, claro, o que vemos, além disso, é a reabertura do turismo internacional”, afirmou Paolo Gentiloni, falando em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Questionado sobre as previsões económicas do executivo comunitário para Portugal, que apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,5% este ano, o maior da zona euro e da União Europeia (UE), o responsável assinalou que “o turismo é muito importante para vários Estados-membros europeus, mas para alguns deles e para Portugal em particular, o turismo internacional é extraordinariamente importante”.

Numa altura em que muitos aeroportos, inclusive o de Lisboa, registam dificuldades operacionais, adiamentos, cancelamentos e filas, devido à falta de pessoal e de equipamentos, Paolo Gentiloni reconheceu que a Comissão Europeia está ciente das “dificuldades nos setores da aviação, que estão sinalizados em alguns países e em alguns grandes aeroportos”.

Ainda assim, “de momento, os dados que temos sobre alojamentos e voos internacionais para Portugal não são motivo de preocupação”, garantiu o comissário europeu da tutela.

Contudo, no documento divulgado hoje, a Comissão Europeia assinala que os riscos para as perspetivas de crescimento permanecem descendentes, como resultado da guerra na Ucrânia “e, mais recentemente, no contexto das crescentes preocupações com a falta de pessoal no setor da aviação, que poderá ter repercussões nas visitas de turistas estrangeiros a Portugal”.

A Comissão Europeia reviu em alta de 0,7 pontos percentuais o crescimento do PIB português para este ano, para 6,5%, colocando o país como o que regista a maior expansão, segundo as previsões macroeconómicas hoje divulgadas.

Bruxelas prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresça 6,5% em 2022, quando em maio esperava uma expansão de 5,8%.

Esta previsão é mais otimista do que a do Governo, que espera uma expansão de 4,9%, e coloca Portugal não só a crescer acima da zona euro (2,6%) e da média da União Europeia (2,7%), como o país com a maior expansão.

Por outro lado, Bruxelas está mais pessimista para 2023 e cortou as perspetivas de crescimento do PIB português para 1,9%, quando em maio esperava 2,7%.

A Comissão Europeia torna-se, entre as principais instituições nacionais e internacionais, a mais otimista para este ano relativamente ao crescimento português.

O Banco de Portugal prevê uma expansão de 6,3%, o Fundo Monetário Internacional de 5,8%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico de 5,4% e o Conselho das Finanças Públicas de 4,8%.

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