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Portugueses na Alemanha discutem economias alternativas

A Associação de Pós-graduados Portugueses na Alemanha (Asppa) discute no sábado, em Frankfurt, as potencialidades e limitações das economias alternativas, com o objetivo de “sensibilizar a comunidade portuguesa e lusófona”.

“Esperamos que as sinergias existentes entre Portugal e Alemanha a nível científico e industrial, possam estimular a difusão destas economias alternativas de modo a reduzir a pegada de carbono na Europa. Por outro lado, estas discussões expandem as perspetivas relativamente a novas competências sociais”, afirmou Sofia Figueiredo, presidente da Asppa, em declarações à agência Lusa.

O tema é de “extrema importância no contexto internacional”, sublinhou a dirigente associativa, notando que “enquanto o capitalismo prioriza o ganho sobre o bem social, os recursos naturais e o meio ambiente, as economias alternativas otimizam a utilização de recursos, com base na sua partilha, resultando numa maior sustentabilidade económica, ecológica e bem social”.

Sofia Figueiredo deu o exemplo do conceito de café reparador (repair cafe), onde a comunidade facilita instalações que são usadas para sessões de reparação de pequenos eletrodomésticos com a ajuda de voluntários.

“O capitalismo é um modelo insustentável a longo prazo, pelo que é premente encontrar soluções alternativas para as gerações de amanhã”, apontou a presidente da Asppa, acrescentando que os mais novos são muito ativos no combate ao consumo desmedido e consequente desperdício.

Como subtemas, a conferência Portal 2019 pretende “explorar o potencial e as limitações de economias alternativas com vista a um mundo mais sustentável, tendo a tecnologia digital um papel facilitador”, entre outras questões.

“Como é que podemos expandir o impacto local dos cafés reparadores e modelos similares de modo sustentável? Como é que podemos usar o poder digital de modo a manter a filosofia original, de passagem de conhecimento à comunidade e de otimização de recursos existentes?”, lançou Sofia Figueiredo.

Na Alemanha existe uma forte cultura ambiental, reconhece a presidente da Asppa, que se manifesta em várias vertentes, “desde a social até à política e tecnológica”.

“Existe uma preocupação real do governo em reduzir a pegada de carbono na Alemanha. Para isso é essencial desenvolver soluções tecnológicas e sociais (…) A forma como Portugal e a Alemanha utilizam a tecnologia digital para o estabelecimento de um futuro global mais sustentável, será um dos tópicos de discussão”, adiantou.

A conferência Portal 2019 com o tema “Repensar economias alternativas aquém e além-mar” realiza-se no sábado, em Frankfurt, “polo industrial efervescente na Alemanha, que aloja empresas de vários setores, como os financeiros, industrial e tecnológico”, onde trabalham vários portugueses.

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