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Português detido nos EUA por transporte de imigrantes ilegais arrisca até cinco anos de prisão

Um português residente em Nova Jérsia, acusado de transportar de forma ilegal dois portugueses do Canadá para os EUA, arrisca ser condenado até cinco anos de prisão, confirmaram hoje autoridades americanas à Lusa.

A policia fronteiriça americana (US Border Patrol) disse esta sexta-feira à Lusa que José Manuel Moreira de Sousa, de 51 anos, foi detido na terça-feira no condado de Essex no estado de Vermont, perto da fronteira com o Quebeque, e foi levado a tribunal na quarta-feira.

Moreira de Sousa foi libertado no mesmo dia, com aplicação de medidas de coação até à sua próxima audiência, que está agendada para novembro, sem dia ainda definido.

“Na manhã de dia 17, um cidadão preocupado alertou os agentes perto da estação de Beecher Falls que uma pessoa suspeita, conduzindo um Audi com matricula de Nova Jérsia, tinha parado junto de um abrigo, nos EUA, perto da fronteira com o Canadá”, explicou a nota da polícia fronteiriça.

Os agentes seguiram depois José Sousa, que estava sozinho, até um restaurante onde comprou café e bolos para três pessoas. Sousa regressou ao abrigo e saiu de lá com outros dois homens, que entraram no seu carro, e todos seguiram para sul.

Os agentes pararam o carro pouco depois, confirmando que Sousa transportava dois portugueses sem autorização para estar no país.

“Este caso sublinha a importância da nossa parceria com a comunidade local. A segurança pública é responsabilidade de todos. Este é um caso em que um cidadão preocupado notou algo suspeito e perdeu tempo para fazer a denuncia”, disse o agente John Pfeifer na nota enviada à agência Lusa.

Segundo o tribunal, o português admitiu ter conduzido os dois homens para o Canadá e ajudado a planear a sua fuga de volta para os EUA.

Depois da detenção, Moreira de Sousa disse a um agente dos serviços de imigração que as leis de imigração americanas o tinham obrigado a cometer o crime, uma vez que não conseguia arranjar trabalhadores para o seu negócio.

Além da pena de prisão de cinco anos, José Sousa arrisca também o pagamento de uma multa de 250 mil dólares (cerca de 212 mil euros).

 

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