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Portugal ajuda Cabo Verde a construir um centro de hemodiálise

A construção do novo centro de hemodiálise no Mindelo, em Cabo Verde, que conta com o apoio financeiro de Portugal, já começou e pretende proporcionar tratamentos aos doentes renais, que estão a aumentar no país.

O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde cabo-verdiano, Arlindo do Rosário, e a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, que homologaram na cidade da Praia o protocolo de cooperação para a execução do centro de hemodiálise no Hospital Dr. Baptista de Sousa, no Mindelo.

No final da cerimónia, Teresa Ribeiro disse aos jornalistas que “a área da saúde é uma área privilegiada de cooperação entre Portugal e Cabo Verde”.

“Temos vindo a trabalhar numa diversidade de domínios muito grande, em áreas como a oncologia, os cuidados primários, os medicamentos. Há aqui uma malha de intervenções que tem vindo a ser concretizada no quadro do nosso Programa Estratégico de Cooperação”, disse, classificando o protocolo agora homologado como “mais um passo, um passo importante”.

Em 2017, Portugal e Cabo Verde tinham assinado um protocolo através do qual a cooperação portuguesa atribuía 400 mil euros para a construção deste centro. Cabo Verde solicitou depois um reforço da verba, que totaliza agora os 480 mil euros, contemplados nos documentos assinados.

Teresa Ribeiro, que iniciou uma visita a três ilhas cabo-verdianas, sublinhou que a partir de terça-feira começa “a contagem do tempo para o termo da obra”, previsto para o início do verão.

Atualmente, existe um centro de hemodiálise em Cabo Verde, no Hospital Dr. Agostinho Neto, na cidade da Praia, também cofinanciado pela cooperação portuguesa.

Este centro, que começou a funcionar em 2014, atingiu o ponto de rutura no acolhimento de doentes em 2018, tratando atualmente 140 pessoas que necessitam de fazer hemodiálise.

O novo centro no Mindelo tem 23 unidades de diálise e permitirá tratar até 150 doentes.

Para o ministro da Saúde cabo-verdiano, a existência destes dois centros em Cabo Verde irá permitir uma capacidade de resposta capaz de evitar a deslocação de doentes para o estrangeiro, nomeadamente para Portugal.

O ministro referiu, contudo, que a resposta no domínio da nefrologia não passa apenas pela hemodiálise.

“É preciso contemplar várias coisas, nomeadamente ao nível dos cuidados de saúde primários, para o acompanhamento do doente renal que leve a uma redução dos casos que precisem de hemodiálise”, disse.

Nesta área, avançou, Cabo Verde pode contar com a ajuda de Portugal, afirmação com a qual a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal concordou.

Para o novo centro, a ajuda de Portugal estender-se-á ainda à formação do pessoal, a qual se tem revelado “fundamental” nos últimos anos, não só na área da nefrologia.

“Portugal estará sempre disponível para essa capacitação, formação, que dê ao centro todas as valências que o centro terá necessidade”, disse Teresa Ribeiro.

Na quarta-feira, a secretária de Estado portuguesa estará na ilha de São Vicente, onde visitará o Hospital Dr. Baptista de Sousa, no Mindelo, assim como o terreno onde será erguido o novo centro de hemodiálise.

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