Paris: morte de António Fernandes leva a dois votos de pesar no parlamento
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A comunidade portuguesa em França perdeu uma das suas figuras mais queridas e respeitadas. António Fernandes, empresário, líder comunitário e amigo de todos, faleceu aos 69 anos, vítima de problemas cardíacos.
Natural da região de Bragança, António Fernandes emigrou para França, onde construiu uma carreira sólida e se tornou um verdadeiro pilar da comunidade portuguesa, tendo sido empresário, presidente da Academia do Bacalhau de Paris e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Paris.
Falecido dia 30 de novembro, foi objeto de uma cerimónia fúnebre em Paris que reuniu centenas de pessoas.
Entretanto na Assembleia da República, o que demonstra a relevância de António Fernandes na comunidade portuguesa em Paris, os dois deputados eleitos pela emigração europeia, Paulo Pisco e José Dias Fernandes, apresentaram, cada um, um voto de pesar a ser votado no parlamento, o do Chega uns dias antes do do PS.
Sendo o projeto de voto de pesar do Chega, subscrito por Dias Fernandes e Pedro Pinto, o primeiro a dar entrada, quando a bancada do PS toma conhecimento dessa proposta propõe “que possa ser consensualizado um texto único na Comissão de Negócios Estrangeiros como habitualmente”, segundo informações a que o BOM DIA teve acesso. Contudo, por terem sido informados de que a família de António Fernandes estaria no parlamento português para assistir à votação dos deputados, os socialistas “prescindiram do seu voto de pesar”, disse ao BOM DIA o deputado Paulo Pisco.
Por seu lado, Dias Fernandes não vê assim o desenrolar dos acontecimentos, acusando o deputado socialista de não fazer a proposta de voto de pesar “em tempo útil” e de “tentativa oportunista de disputar a autoria de um gesto que deveria estar isento de disputas políticas”.