
Um terço dos portugueses admite ignorar os termos de serviço das aplicações e dos serviços online, pois não quer perder tempo.
Conforme os dados do Teste Nacional de Privacidade (TNP) referentes ao ano completo de 2024, 33% dos portugueses dizem não prestar atenção às políticas de privacidade das aplicações. Tendo em conta que o utilizador médio de um ‘smartphone’ tem mais de 80 aplicações instaladas, o risco de potenciais violações de dados é significativo.
“Enquanto continuam os debates online sobre o que é mais valioso — dados, petróleo ou terras — na área da cibersegurança, a resposta é clara: são os dados”, afirma Adrianus Warmenhoven, especialista de cibersegurança da NordVPN.
“Ao contrário dos bens físicos, os dados podem ser copiados, roubados, danificados ou vendidos sem deixar um rasto detetável, o que acarreta graves riscos financeiros e potenciais danos à reputação. As aplicações são muitas vezes o principal canal através do qual estas informações confidenciais são vazadas, devido a permissões inadvertidas, atualizações falhadas, ‘software’ malicioso e partilha de dados não autorizada”, diz Warmenhoven.
A Apple Store oferece atualmente 1,8 milhões de aplicações, ao passo que a Google Play Store tem cerca de 3,3 milhões prontas para transferência. Entre tanta oferta, pode ser fácil descurar os potenciais perigos.
O estudo mostrou que 33% dos portugueses não prestam atenção aos temos de utilização das aplicações nem às políticas dos serviços online, por não quererem perder tempo com informações legais extensas. 61% ignoram as políticas de segurança de dados, 43% passam à frente das políticas de partilha de dados com terceiros e 49% jamais leem quaisquer políticas relacionadas com a recolha de dados.
Os mais jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos, mostram menos interesse em ler os termos e condições do que as gerações anteriores. No entanto, em todos os grupos etários, a percentagem mais significativa é a que se interessa pelas políticas relativas à partilha de dados com terceiros.
Em contrapartida, a questão das permissões dadas às aplicações acusa uma cautela maior: apenas 3% dos portugueses concedem às aplicações acesso irrestrito a funções como a localização, o microfone e a lista de contactos. A maioria, 92%, dá apenas o acesso necessário para a funcionalidade da aplicação.
Parecendo inofensivo, o adiamento das atualizações de ‘software’ ou das aplicações continua a ser praticado por 38% dos portugueses, que se expõem a riscos. “As atualizações de ‘software’ são essenciais, uma vez que corrigem falhas de segurança e reforçam a proteção dos dados. Ao manter o seu ‘software’ atualizado, está a proteger os seus dados e os seus contactos de ataques de phishing que tentem explorar as vulnerabilidades das aplicações desatualizadas”, acrescenta Warmenhoven.
De acordo com outro estudo da NordVPN, perto de 87% das aplicações para Android e 60% das aplicações para iOS pedem acesso a funções do dispositivo que não estão relacionadas com as suas reais necessidades.
“A maioria dos utilizadores dá estas permissões sem ler os termos e condições, acabando por permitir que as aplicações os espiem. Isto pode levar a fugas de dados e ao roubo de informações pessoais, que podem ser usadas contra os seus interesses”, diz Warmenhoven.
Para garantir mais segurança e privacidade online, Adrianus Warmenhoven recomenda que os utilizadores façam sempre o ‘download’ de aplicações a partir de lojas oficiais. As plataformas não oficiais podem não realizar verificações rigorosas, aumentando o risco de modificações maliciosas por parte de criminosos.
Além disso, explica que é fundamental estar atento às permissões de dados exigidas pelas aplicações. O ideal é analisar e ajustar essas permissões, principalmente as mais sensíveis, como o acesso à câmara, microfone, armazenamento, localização e lista de contactos. Antes de instalar uma nova aplicação, também é aconselhável ler a política de privacidade para entender que informações serão recolhidas e partilhadas com terceiros. Caso o nível de proteção de dados não seja satisfatório, vale considerar alternativas mais seguras.
Outro cuidado importante que Warmenhoven é o limite de acesso à localização apenas quando a aplicação estiver em uso e evitar iniciar sessão com contas de redes sociais, o que pode facilitar a troca excessiva de dados. Além disso, eliminar aplicações que já não são utilizadas pode impedir que continuem a recolher informações em segundo plano.
Em 2024, o estudo contou com a participação de 33.562 inquiridos de 181 países, que responderam a 23 perguntas para medir as suas competências nesta área.
SOBRE A NORDVPN
A NordVPN é a fornecedora de serviços VPN mais avançados do mundo, contando com milhões de utilizadores da ‘internet’ em todo o planeta. O serviço oferece funcionalidades como IP dedicado, VPN dupla e os servidores da Onion Over VPN, que ajudam a aumentar a sua privacidade online sem rastreamento.
Uma das principais funcionalidades da NordVPN é a Proteção contra Ameaças Pro™, uma ferramenta que bloqueia “sites” maliciosos, rastreadores e anúncios, e analisa as transferências quanto à presença de “malware”.
A mais recente criação da Nord Security, a empresa-mãe da NordVPN, é o Saily — um serviço eSIM global. A NordVPN é conhecida pela sua facilidade de utilização, oferecendo dos melhores preços do mercado. Este provedor VPN tem mais de 6400 servidores espalhados por 111 países à escala global.
Mais informações podem ser consultados em https://nordvpn.com/pt.