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Organização das Migrações: Cabo Verde apoia reeleição de Vitorino

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, reafirmou o apoio do seu país à reeleição de António Vitorino no cargo de diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM) agendada para junho deste ano.

A OIM “tem à frente um ilustre português, António Vitorino, que vai agora a eleições e espero que ganhe”, disse o governante, em Sines, no distrito de Setúbal, durante as comemorações dos 40 anos da Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago do Cacém.

Em declarações aos jornalistas, Ulisses Correia e Silva referiu que Cabo Verde “anunciou já há algum tempo o seu apoio” à reeleição de António Vitorino, diretor-geral da OIM desde 2018, e mantém essa posição.

“Cabo Verde anunciou já há algum tempo o seu apoio, até porque é uma reeleição, esperamos que ele vença porque está a fazer um bom trabalho”, afirmou.

A OIM é a agência das Nações Unidas que promove a migração humana, a cooperação internacional em questões migratórias, o auxilio na procura de soluções práticas para os problemas migratórios e na assistência humanitária a migrantes que precisem de ajuda, incluindo pessoas refugiadas e deslocadas internamente.

Durante a cerimónia, o chefe do Governo cabo-verdiano destacou ainda a importância “da boa integração” das comunidades migratórias e o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Associação Cabo-Verdiana de Sines e Santiago do Cacém nas últimas quatro décadas.

“Esta é uma associação também aberta a outras comunidades para garantir boa integração social e económica. Nós somos um país de imigrantes e sabemos, ao longo da nossa história, que a boa integração faz toda a diferença”, frisou.

A associação “presta um serviço muito meritório às várias comunidades, desde senegaleses, brasileiros, angolanos, guineenses, ucranianos, romenos, o que significa um trabalho de integração e de inclusão na diversidade muito importante para as nossas comunidades e para os dois municípios”, indicou.

Neste contexto de integração, ressalvou, também os municípios, como Sines e Santiago do Cacém, “têm um papel fundamental” para garantir que os imigrantes se sintam “munícipes, com todos os direitos [e] todas as obrigações”.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, “cerca de 10% da população” residente neste concelho do litoral alentejano “é cabo-verdiana” e “a sua integração tem sido excelente”.

“Uma população que se tem integrado plenamente naquilo que é a dinâmica económica do nosso concelho, primeiro na pesca e, mais tarde, em atividades com outra complexidade, como o porto [de Sines] e nas unidades industriais”, realçou.

Aos jornalistas, a presidente da associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago do Cacém, Gracinda Luz, reconheceu que o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos 40 anos “traz responsabilidades” estando a decorrer “vários projetos”, financiados por fundos comunitários, para garantir “a integração em termos de regularização” dos imigrantes e também a nível cultural.

Após a cerimónia, o primeiro-ministro de cabo Verde, que foi recebido no edifício da Câmara Municipal de Sines, visitou o Bairro Amílcar Cabral, onde vive grande parte da comunidade cabo-verdiana de Sines, para um contacto mais próximo com os seus residentes.

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