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Ontem custou-me a adormecer

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Analisando qual poderia ser a razão, uma vez que não tomo café, não comi feijões ou favas ao jantar ou outros inputs do género, cheguei à conclusão de que foi a notícia pouco animadora de que o meu filho capitulou e vai amanhã levar a vacina. Deu a notícia rapidamente e justificou-se com idas a discotecas com os amigos sem problemas.

Preocupo-me com ele porque tem 20 anos, é muito saudável, tomou antibiótico uma única vez na vida (comparo-o comigo, que os tomei n vezes para combater amigdalites bacterianas às dezenas desde criança) por culpa de uma otite. Lembro que em criança esteve 3 ou 4 vezes letárgico e com febres muito altas, sem quaisquer outros sintomas, durante os proverbiais 3 dias, as viroses, e que em duas das ocasiões tive de o meter no duche morno/ frio para lhe baixar a temperatura.

Durante 2 anos roubaram-lhe o mundo e agora colocaram-lhe um checkpoint digno de Alemanha anos 30. Sim senhor, fazes o que sentes que tens de fazer. Tens noção de que na realidade não precisas da vacina e de que se trata apenas de uma imposição política? Sim, isso tudo, mas os amigos estão a combinar saídas (e quem os pode criticar?) e os seus dias estão em atraso desde Março do ano passado. É finalista, teve pouquíssimas aulas presenciais e nenhuma socialização digna de frequência universitária.

Tudo correu mal para uma vida plena para eles.

Se algo correr mal daqui para a frente, vai ser um coro de assobios e olhar pró lado.
Entre a preocupação e o supremo vexame por este amochar social, não sei qual me dói mais.

Miucha Baldinho

 

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