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Nova estratégia alemã reduz dependência da China

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A Alemanha apresentou esta quinta-feira novas orientações estratégicas económicas que pretende implementar para fazer face a uma China “mais agressiva”, de forma a “reduzir dependências críticas” no futuro, afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz.

“O nosso objetivo não é dissociarmo-nos [de Pequim], mas queremos reduzir as dependências críticas no futuro”, afirmou Scholz no Twitter, depois de apresentar a nova estratégia, que disse ser “uma resposta a uma China que mudou e está mais agressiva”.

A nova estratégia, destinada a redefinir as relações com Pequim, foi aprovada pelo Conselho de Ministros alemão.

“Para nós, a China é e continua a ser um parceiro, um concorrente e um rival sistémico”, insistiu.

No documento, de 60 páginas, que se segue à primeira estratégia de segurança nacional da Alemanha, publicada em meados de junho, é adiantado que o principal objetivo é alertar as empresas alemãs para não se tornarem demasiado dependentes do gigante asiático.

Ao abordar um vasto leque de temas, da política climática aos direitos humanos, o Governo alemão pretende dotar-se de uma “bússola” para as relações bilaterais com Pequim.

“Somos realistas, mas não ingénuos”, advertiu a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, num discurso proferido no Instituto Mercator de Estudos sobre a China (Merics), em Berlim.

A nova estratégia da Alemanha surge num contexto de preocupações crescentes na Europa em relação à China, tendo a Comissão Europeia (CE) apresentado, há três semanas, uma proposta para reforçar as medidas de segurança económica contra o país.

A crise da covid-19 em 2020 revelou a fragilidade das cadeias de abastecimento europeias, que foram vítimas do encerramento das fronteiras chinesas, enquanto a guerra na Ucrânia evidenciou o risco de dependência da Rússia para o fornecimento de gás.

No entanto, as grandes empresas alemãs, da Siemens à BASF, passando pelos construtores de automóveis, estão altamente expostas ao mercado chinês de mais de 1,4 mil milhões de habitantes, no qual continuam a investir fortemente.

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