meu Deus
esfarrapam-me o corpo
os teus abruptos calvários
a tua farpada ausência
chaga-me a alma
uma coroa de espinhos
o atormentares-me
o pensamento
é um imparagonável chicote
ver-te nomeado nos meus versos
vergões acarinhando sangue
de que serve
larápio de luz
as escuridades iluminares-me
com lívidas faúlhas?
a ti
que ignoras a álgebra da dor
em verdade te digo:
és um grande criminoso
em tua defesa nada proferes
como sempre
O teu sombrio silêncio
faz de ti o maior patife
vade retro, Satana
vade retro
dm
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.