“Come caldo, vive em alto, anda quente e viverás longamente”
Ditado popular
Uma sopa do Norte, que nasceu no Minho, antes do século XV. Veio ganhando formas ao longo dos anos, e com tão poucos ingredientes faz as delícias das noites de São. João. O caldo verde aquece nas noites frias e é atração principal nas festas populares, acompanhado de broa e vinho tinto.
Uma sopa tradicional, que, embora tenha algumas diferenças na sua receita, acaba por ser igual em todas as regiões de Portugal, um dos motivos que levou esta sopa a ser nomeada uma das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa.
Num caldo de couve-galega e batatas, uma das partes elementares concentra-se na rodela de chouriço que costuma ser acrescentada quando se coloca a sopa na tigela de barro onde é servida, presenteando-a com um toque único.
Este prato é um dos cartões-de-visita de Portugal ou de uma casa portuguesa, e o segredo encontra-se na couve, que é cortada em tiras muito finas que permitem que o seu sabor passe para o caldo. E no estrangeiro, qualquer português que tenha um pouquinho de terra semeia sempre umas couves-galegas para o caldo verde.
Ingredientes:
2 litros de água
450 g de batata
500 g de couve-galega (cortada para caldo verde)
1 colher (de sopa) de sal grosso
2,5 dl de azeite
Confeção:
Põem-se ao lume numa caçarola a água e o sal;
Logo que comece a ferver, deitam-se as batatas descascadas e cortadas aos bocados.
Estando cozidas esmagam-se voltando a colocá-las na água da cozedura, juntando as folhas de couve cortadas para caldo verde, depois de bem lavadas em duas ou três águas.
Junte o azeite e deixe levantar fervura por dois ou três minutos com a caçarola destapada, para a couve ficar bem verde.
Sirva numa tigela juntando uma rodela de chouriço para dar gosto.
Acompanhe com broa de milho ou pão de centeio, e um bom copo de vinho tinto.
Dévora Cortinhal