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Marcano salvou a honra dos dragões aos 100 minutos

© Lusa

Um cabeceamento imparável de Iván Marcano, aos 90+10 minutos, possibilitou este domingo ao FC Porto vencer com dramatismo na receção ao promovido Farense (2-1), em partida da segunda jornada, e continuar na frente da I Liga de futebol.

No Estádio do Dragão, no Porto, o central espanhol deu largas ao papel de defesa mais goleador da história do clube e correspondeu nas alturas ao centro na direita do suplente Gonçalo Borges, numa tarde em que os anfitriões pecaram em frente à baliza algarvia e alinharam sem o influente Otávio, a caminho da Arábia Saudita para reforçar o Al Nassr

O espanhol Toni Martínez abriu o marcador, aos 13 minutos, fazendo o 30.º tento pelos vice-campeões nacionais e o segundo em outras tantas rondas da atual edição da I Liga, mas, volvida uma homenagem simbólica a Otávio à passagem dos 25, o ex-portista Rui Costa igualou, aos 45+1 minutos, deixando os ‘dragões’ em aflição até ao último fôlego.

O FC Porto somou o segundo êxito e continua a acompanhar Boavista, Sporting e Vitória de Guimarães no topo da prova, todos com seis pontos, contra nenhum do Farense, que manteve a tradição de perder todas as deslocações realizadas ao recinto ‘azul e branco’.

Novamente orientados a partir do banco de suplentes pelo treinador-adjunto Vítor Bruno, devido à suspensão de Sérgio Conceição, os anfitriões modificaram três titulares face ao triunfo na visita ao Moreirense (2-1), ao substituírem Wendell, suspenso, Marko Grujić e Otávio por Zaidu, Nico González – em estreia a titular – e Toni Martínez, respetivamente.

As habituais funções de Otávio foram exercidas por Pepê, que derivava com frequência para espaços interiores e deixava o corredor direito entregue às subidas de João Mário, autor do primeiro sinal de perigo do duelo, num remate para fora, logo aos três minutos.

O FC Porto entrou empreendedor na posse e extraiu dividendos da pressão alta aos 13 minutos, quando Gonçalo Silva, perante a proximidade de Mehdi Taremi, errou um passe à saída da área do Farense e Nico serviu Galeno, que assistiu Toni Martínez para o 1-0.

A vantagem precoce ajudou a abrandar o ímpeto ‘azul e branco’, pese as duas tentativas do reforço espanhol, aos 25 e 42 minutos, intercaladas pelas defesas de Ricardo Velho a um golpe aéreo de Marcano, aos 38, e a um pontapé de longe de Toni Martínez, aos 39.

Os algarvios assentavam na tradicional estratégia pragmática de José Mota, que usou de início Pastor e Mohamed Belloumi em relação à derrota na receção ao Casa Pia (0-3) e, contra a tendência, reservou uma surpresa para os últimos instantes da etapa inaugural.

Se Zach Muscat ‘assustou’ num ‘tiro’ de bicicleta à trave da baliza de Diogo Costa, após livre de Marco Matias, aos 43 minutos, Rui Costa deu seguimento à recuperação alta de Gonçalo Silva, captou o passe de Belloumi, fez um ‘túnel’ a Marcano e repôs o empate.

O FC Porto voltou do intervalo sem mudanças e resgatou contundência em finalizações sucessivas de Galeno e Toni Martínez detidas por Ricardo Velho, aos 57 e 58 minutos, respetivamente, enquanto João Mário cortou para dentro e fez ‘abanar’ a barra, aos 65.

A insistência do conjunto de Sérgio Conceição, que se refrescava na meia hora final com André Franco, Gonçalo Borges, Fran Navarro ou Danny Namaso, traduzia o desgaste de um Farense cada vez mais encolhido e sem lucidez para ter boas decisões na transição.

Galeno, improvisado a lateral esquerdo (82 minutos), e Toni Martínez (90) vacilaram em posição frontal, entre uma perdida de Navarro aos pés de Ricardo Velho (84), incapaz de impedir Marcano de marcar um golo crucial no seu 250.º jogo pelo FC Porto, aos 90+10.

A equipa de José Mota carregou até ao fim e quase foi feliz aos 90+15 minutos, quando Talocha levantou na esquerda e Mattheus Oliveira desviou para defesa de Diogo Costa, permitindo aos ‘dragões’ iniciarem a I Liga com duas vitórias pela quarta época seguida.

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