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Madeira apresenta incentivos a emigrantes na Venezuela

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O administrador da empresa pública madeirense Madeira Parques Industriais (MPI), Gonçalo Nuno Pimenta Camacho, elogiou esta quarta-feira a resiliência e persistência dos emigrantes portugueses face ao contexto económico e social da Venezuela.

“São resilientes, resistentes e persistentes: Estas palavras são três palavras que efetivamente os nossos, a nossa comunidade, sabe muito bem, face ao contexto económico e social que a Venezuela atravessou, mas são pessoas com muita garra e determinação e sempre com um pensamento criativo em novas áreas de negócio”, disse.

Gonçalo Pimenta falava à agência Lusa em Caracas, ao finalizar uma viagem de dez dias à Venezuela onde contactou com portugueses, em particular com madeirenses, em cinco estados do país e participou nas celebrações locais do Dia da Região Autónoma da Madeira (RAM) e das Comunidades Madeirenses.

“Estive a fazer muitos contactos com os empresários lusodescendentes, empresários madeirenses que desconheciam o papel dos parques empresariais e industriais da Madeira, uma empresa pública da qual o nosso acionista é o governo da RAM”, disse.

O presidente do conselho de administração da MPI afirmou que a visita fez parte de uma “missão de cooperação económica com a Venezuela”, com a comunidade lusa local, no sentido de explicar que o governo da Madeira “também tem apoios comunitários, por via da União Europeia”, para diversificarem os seus negócios na ilha e que receberão o apoio possível.

Sobre a recetividade, vincou que “foi muito positiva”, saudando os madeirenses na Venezuela por serem pessoas muito empreendedoras, com as quais ele próprio aprendeu.

“De alguma forma, ficaram satisfeitos ao saber que existem sistemas de incentivos, também a fundo perdido, e que, se quiserem investir na Madeira, poderão aproveitar os instrumentos que a União Europeia colocou à disposição da RAM em negócios em setores como a produção das tintas, agroindustrial, construção, metalomecânica, aquacultura e piscicultura”, disse.

Segundo Gonçalo Pimenta, há áreas sobre as quais é possível falar com os empresários luso-venezuelanos, no sentido de captar investimentos para a RAM, uma região que também é deles.

O responsável referiu o trabalho colaborativo que tem desenvolvido com Sancho Gomes, diretor regional das Comunidades Madeirenses e Cooperação Externa da Madeira, salientando a importância do trabalho em rede e em parceria que tem sido desenvolvido para chegar à comunidade.

Gonçalo Pimenta explicou estar também na Venezuela, que visita pela primeira vez, com a missão encomendada pelo presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, “de transmitir confiança, motivação”, de que a Madeira está aberta “a que investidores lusodescendentes e madeirenses, que já estão radicados [na Venezuela] há muitos anos, possam investir na sua própria terra e que vão ser bem acolhidos”.

Sobre a visita, explicou que foi uma longa maratona de trabalho e que saiu da Venezuela mais enriquecido porque cada um dos estados que visitou tem a sua própria característica e visão de negócios estratégicos.

“Por exemplo, há estados que entendem que a estratégia é a produção de gelados, outros que poderão entrar na área das tecnológicas, portanto, cada um tem a sua diferenciação. E foram cinco estados [Distrito Capital, Miranda, Lara, Carabobo e Aragua], muitos quilómetros”, explicou.

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