Livro e outras memórias das beiras marcaram presença em Düsseldorf
A velha freguesia de Cebola, hoje chamada São Jorge da Beira, esteve em foco num evento organizado este fim de semana pela Associação Sanjorgense, em Düsseldorf, na Alemanha.
O evento cultural apresentou do livro “Sol da Minha Vida” da autoria de Hermínio Gregório, uma exposição de pintura de Maria Braz, além das miniaturas e trabalhos em madeira de Fernando Genro e José Mendes. Um acontecimento que encheu as instalações da associação que se preza por manter vivas as tradições beirãs.
“Foi uma apresentação muito emocional a experiência de vida do Hermínio Gregório, uma pessoa que ‘bateu bem fundo’ e se salvou não deixa ninguém indiferente, sobretudo quando é contado de forma directa e na primeira pessoa”, disse ao BOM DIA Alfredo Stoffel, conselheiro das comunidades que participou no evento que teve lugar este fim de semana.
Recomenda-se a compra do livro cuja receita é repartida na íntegra por três instituições de apoio social.
As pinturas e as miniaturas de locais emblemáticos de São Jorge da Beira, são, segundo os artistas, “um regresso às raizes”.
Maria Braz é lusodescendente, nascida na Alemanha, mas diz que vê e sente as suas raízes na freguesia dos pais e dos avós.
Fernando Genro e José Mendes, por seu lado, mostram através das suas obras “a terra que os viu nascer”.
É de realçar a presença de Tiago Silva, Presidente da Assembleia de Freguesia de São Jorge da Beira, em representação do Presidente da Câmara da Covilhã. Participaram ainda no painel que apresentou o livro “Sol da Minha Vida”, além do autor, a cônsul-geral Lídia Nabais e o conselheiro das comunidades portuguesas Alfredo Stoffel. Esteve também presente no evento o conselheiro das comunidades Manuel Machado.
“São eventos culturais como este que mantém viva a relação entre a comunidade e as suas origens e que justifica a existência de uma associação clássica”, disse Stoffel ao BOM DIA, esperando que haja “mais exemplos deste género. Um bem haja a todos os que possibilitaram esta demonstração de culturalidade”, concluiu o conselheiro.