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Lisboa pensa modernizar a calçada portuguesa

O vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa informou que a autarquia está a estudar a colocação de calçada portuguesa “mais contemporânea”, não especificando, porém, quais os locais da cidade que serão contemplados.

“Estamos a promover um estudo sobre a calçada [portuguesa] artística, com vista a colocar mais calçada com padrões mais contemporâneos”, afirmou Manuel Salgado numa sessão da Assembleia Municipal de Lisboa.

O tema da calçada portuguesa foi levado à sessão pelo deputado Sobreda Antunes, do PEV, que considerou que a substituição da calçada portuguesa por cimento branco e pedra de lioz em alguns pontos da cidade (como o Terreiro do Paço ou a Rua da Vitória) foi “uma solução deficiente” e “pouco amiga dos transeuntes”.

Durante uma sessão dedicada ao esclarecimento de questões colocadas pelos deputados ao executivo, o vereador Manuel Salgado explicou que o município está “a aplicar pavimentos mais confortáveis onde a calçada está mal executada”.

Segundo o autarca, a Câmara quer colocar “pavimentos seguros, confortáveis e intercalados com calçada, para reduzir riscos que a calçada tem quando está muito polida e é escorregadia”, vincando não ter “nenhuma senha contra a calçada, só pela [calçada] mal feita”.

Manuel Salgado referiu que a pedra de lioz começou a ser utilizada nas ruas de Lisboa em 1998, destinando-se a “áreas extremamente nobres”.

“Não vamos usar como solução para repetir, até porque é extremamente onerosa”, vincou.

Manuel Salgado salientou também que em alguns pontos da cidade “há uma utilização abusiva por parte dos veículos, que passam por cima e partem as pedras, que têm de ser substituídas”, o que pode provocar problemas na drenagem da água.

“Temos utilizado pilaretes para evitar a passagem indevida dos carros”, afirmou o autarca.

Durante a sessão foi também abordada a questão do Arquivo Municipal, tendo a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, afirmado que os conteúdos serão futuramente repartidos por dois espaços, e não apenas concentrados num como havido sido pensado anteriormente.

O primeiro edifício fica no Alto da Eira, onde está sediada a documentação referente ao urbanismo, enquanto o segundo espaço, que ainda não está definido, receberá o “arquivo histórico de enormíssimo valor”.

Atualmente, a documentação histórica da cidade está distribuída por cinco núcleos, um dos quais corresponde ao edifício do Alto da Eira, que será requalificado pela autarquia, num investimento de 2,5 milhões de euros.

Na sessão, o comunista Modesto Navarro questionou ainda a Câmara sobre a situação da Biblioteca-Museu República e Resistência/Espaço Grandella e dos seus trabalhadores.

Em resposta, o vereador das Finanças, João Paulo Saraiva, indicou que, “tendo em conta as condições atuais [inatividade do espaço]” e a “necessidade da Direção Municipal de Cultura”, os trabalhadores vão regressar ao município, após terem transitado da Câmara para a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, no âmbito da reforma administrativa.

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