Liga das Nações: a segunda parte imparável da seleção portuguesa
Portugal acordou na segunda parte a tempo de golear a Polónia (5-1), com um ‘bis’ de Cristiano Ronaldo, e apurou-se em estilo para os quartos de final da Liga das Nações de futebol, no Grupo A1.
No Estádio do Dragão, no Porto, a seleção nacional fez uma primeira parte desastrosa, e até chegou empatada ao intervalo com alguma sorte, mas no regresso dos balneários acabou por acordar e seguir para uma goleada, justa, tal a superioridade demonstrada nessa fase.
Ronaldo ‘bisou’ e chegou aos cinco golos na prova, com remates certeiros aos 72, de grande penalidade, e 87, já depois de Rafael Leão ter aberto o marcador, aos 59, com Bruno Fernandes, aos 80, e Pedro Neto, aos 83, a contribuírem também para o resultado ‘gordo’.
Os polacos, que ficaram eliminados e podem descer diretamente para a Liga B, ainda reduziram por Marczuk, aos 88 minutos, numa partida em que não contaram com a sua principal figura, o avançado e capitão Robert Lewandowski.
Após a quinta e penúltima jornada, Portugal está nos quartos de final e vai chegar ao sorteio como cabeça de série, já que também assegurou o primeiro lugar do grupo, com mais seis pontos do que a Croácia, segunda, que saiu derrotada da Escócia (1-0).
A entrada de Vitinha no arranque da segunda parte, para o lugar de João Neves, titular pela primeira vez nesta qualificação, deu uma ‘injeção’ de confiança e energia à equipa das ‘quinas’, mas a goleada teve igualmente uma contribuição muito valiosa de Diogo Costa.
O guardião manteve o ‘nulo’ na primeira parte, com uma panóplia de boas intervenções, e, poucos antes de Portugal chegar à vantagem por Leão, voltou a ser determinante para impedir que a Polónia ficasse na frente do marcador.
Totalista na Liga das Nações e jogador mais utilizado desde que Roberto Martínez é selecionador nacional, Rúben Dias foi a grande ausência no Dragão, acabando Renato Veiga por ocupar, com sucesso, o seu lugar.
Depois de ter feito uma excelente primeira parte – e também um excelente jogo – há um mês em Varsóvia (3-1), um dos melhores da ‘era’ Martínez, Portugal teve um começo de encontro para esquecer no Porto e podia mesmo ter ido para o intervalo em desvantagem.
O melhor que a equipa das ‘quinas’ alcançou foi um lance com algum perigo de Ronaldo já em tempos de descontos, com o avançado a falhar à ‘boca’ da baliza, após assistência de Rafael Leão. Nesse lance, o capitão português protestou energicamente com o árbitro da partida, alegando ter sido derrubado.
Antes disso, Portugal praticamente não existiu em campo, com a Polónia a ter claramente mais ambição e a somar várias oportunidades para chegar ao golo, com Diogo Costa em destaque.
O guardião do FC Porto impediu a desvantagem lusa por duas vezes, uma delas impedindo um autogolo de Diogo Dalot, e viu uma bola embater no poste, após remate ‘venenoso’ de Piatek.
Num lance em que Costa já estava batido, entrou em cena Nuno Mendes, com um corte determinante, que impediu Piatek de encostar para a baliza deserta.
Portugal regressou para a segunda parte com Vitinha e com outra vontade na partida, com Leão e Pedro Neto muito ativos nas alas, mas seria novamente a Polónia a ficar perto do golo, com Marczuk a obrigar novamente Diogo Costa a excelente intervenção.
Contudo, a partir daí, o jogo foi todo de Portugal, muito graças à velocidade de Rafael Leão e Nuno Mendes, que construíram em contra-ataque o lance do primeiro golo.
Leão arrancou ainda perto da grande área lusa, levou a bola até perto da adversária e, após combinação com Nuno Mendes, abriu a contagem para a seleção nacional, numa jogada fantástica dos jogadores de AC Milan e Paris Saint-Germain.
O domínio foi luso e deu frutos aos 72 minutos, desta vez com Cristiano Ronaldo a marcar de penálti, num lance a castigar mão na bola de um defesa da Polónia.
Seguiu-se a história da goleada, primeiro com um remate de ‘raiva’ de fora da área de Bruno Fernandes, com a bola ainda a embater na barra, e um lance certeiro do esquerdino Pedro Neto, que faturou com o pé direito.
Com um gesto artístico já bem perto da baliza, tipo ‘pontapé de moinho’, Ronaldo fechou o festival de golos, com assistência preciosa de Vitinha.
Até ao apito afinal, Nuno Tavares rendeu Nuno Mendes e ainda fez a estreia absoluta pela seleção nacional, e Marczuk, de fora da área, fez o tento de ‘honra’ dos polacos.