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Lamego recebe congresso internacional de direitos humanos

O objetivo do primeiro congresso global sobre direitos humanos, que se realiza em Lamego, a partir de quarta-feira, é educar as pessoas para os direitos humanos e perceber os vários discursos em torno deles, disse a organização.

“As pessoas não percebem que há vários discursos dos direitos humanos: há o discurso internacional da ONU, há o discurso de outras organizações, como as feministas, e, dentro das organizações feministas, há ainda vários feminismos. E há a necessidade de destrinçar esses discursos”, disse João Paulo Bichão, presidente da comissão organizadora, à agência Lusa.

O responsável explicou que este congresso “também propicia à compreensão das várias temáticas sobre os direitos humanos, sobre os discursos e permite educar as pessoas através dos cientistas e dos participantes neste evento” ou seja, “permite educar os cidadãos para uma melhor democracia, para uma melhor vivência na sociedade”.

Em cima da mesa do primeiro congresso global de direitos humanos, sob o tema ‘novas políticas de cidadania e de desenvolvimento sustentável’, estarão também os 17 objetivos globais para o desenvolvimento sustentável traçados pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2015.

“Vamos discutir o ponto de situação no evento, desde a erradicação da fome até à urbanização sustentável das cidades e, por isso, dividimos o congresso em nove sessões temáticas, justamente pela amplitude da discussão se alastrar a vários domínios da sociedade”, explicou.

Como exemplo, o responsável falou nas relações laborais, no meio ambiente, no direito à saúde ou à educação e, por isso, “o evento é abrangente a todos os domínios de interesse dos cidadãos e da sociedade de todo o mundo e não limitado a questões que normalmente são mais discutidas”, como, por exemplo, os direitos das mulheres.

Em Lamego estarão 45 oradores, maioritariamente de Portugal, Brasil e Espanha, “um conjunto de especialistas entendidos na matéria para que possam discutir os objetivos e veicular novas ideias, novas formas de alcançar as metas traçadas pela ONU”.

João Paulo Bichão adiantou à agência Lusa que o congresso, que se prolonga até sábado, “foi idealizado em agosto, em São Luís do Maranhão, Brasil, num encontro entre três alunos de pós-doutoramento, em Salamanca”, Espanha.

João Paulo Bichão, Laís Locatelli e Maria da Glória Aquino perceberam que “é preciso educar os cidadãos para os direitos humanos” e, nesse sentido, em meio ano organizaram um congresso que, “inicialmente era para ser mais pequenino, mas, depois, foi crescendo naturalmente, por si próprio, e conta com 45 oradores”.

Uma segunda edição será “alargada a oradores de mais países, nomeadamente da Europa e América do Sul”. A cidade ainda não está decidida, mas a intenção passa por realizá-lo “em cidades mais pequenas, que possam ter a possibilidade de receber eventos, para poderem dinamizar o local”, explicou João Paulo Bichão, que assumiu o primeiro congresso em Lamego, porque é onde vive.

O congresso que se vai realizar no Teatro Ribeiro da Conceição, conta este magistrado do Ministério Público, terá a presença da secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, e do bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo.

Entre os oradores há reitores de universidades de Portugal, Brasil e Espanha e magistrados do Ministério Público e juízes dos três países. O congresso destina-se aos profissionais ligados ao Direito, “mas também professores, estudantes e o cidadão comum, porque, apesar de ter esta vertente mais científica, é um congresso multidisciplinar”.

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