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João Mário emigra com sentimento de injustiça

© Luís Vieira Cruz / BOM DIA

O futebolista João Mário, que assinou pelos turcos do Besiktas, sentiu-se “um pouco injustiçado” quando foi assobiado pelos adeptos ‘encarnados’ frente ao Casa Pia, mas acredita que o Benfica “tem o melhor plantel e que ainda vai ser campeão”. 

“Senti-me um pouco injustiçado, porque sei o quanto dou, dentro e fora do campo, ao clube e porque acredito que, quando és assobiado pelos teus próprios adeptos, tem de haver uma razão muito forte. E acredito que nesse jogo não existiu nada muito forte para justificar o que aconteceu. Mas nós somos humanos, e as pessoas também são humanas. Não guardo rancor nenhum”, disse João Mário em declarações aos órgãos de comunicação do clube.

Para o novo reforço do Besiktas, foi um jogo especial, pela negativa: “Senti que existia uma carga muito grande, negativa e pessoal, e acho que, quando assim é, percebemos que é para encerrar um ciclo. Obviamente, não foi só por esse jogo, por esse momento, mas foi um momento decisivo e determinante para o resto da minha história com o Benfica.”

O médio internacional português João Mário deixou o Benfica para reforçar o Besiktas, anunciaram hoje os dois clubes, com o futebolista a ser emprestado até ao final da época, com os turcos a ficarem com opção de compra.

Não obstante esse momento negativo e marcante, João Mário confessa ter sido um prazer vestir de águia ao peito: “O Benfica conseguiu dar-me um estatuto incrível, atingi o meu máximo como jogador neste clube. Tenho pena de não ter conseguido completar o jogo 150, mas estou muito orgulhoso do meu trajeto aqui. Foi um prazer vestir a camisola do Benfica.”

Desafiado a destacar uma característica marcante do Benfica enquanto clube, João Mário resumiu numa palavra: exigência.

“Talvez a exigência. No Benfica quer-se tudo, quer-se tudo sempre muito e mais, jogo após jogo. Já dei este exemplo várias vezes: mesmo quando eu fiz um ‘hat-trick’, pediam-me das bancadas um quarto golo. Ou seja, há esta insaciedade, que é diferente noutros clubes, que é diferente noutros desafios que já tive, e acho que diria isso. A exigência é sempre gigante e faz toda a diferença”, salientou.

Por essa razão, João Mário sublinha a importância de haver equilíbrio, que é “a chave para tudo, para a vida pessoal e profissional”, sugerindo que os adeptos do Benfica tenham esse equilíbrio para que “os jogadores não se sintam sufocados nos momentos mais difíceis.”

Apesar da trajetória negativa do Benfica na época passada e no início da atual, João Mário defende Roger Schimdt: “Acho que é um treinador especial porque consegue criar um bom ambiente no clube, é taticamente muito bom, muito exigente e capaz de pôr a equipa a jogar um futebol atrativo. Demonstrou isso mesmo no primeiro ano. Infelizmente, não conseguimos dar essa continuidade no segundo ano, mas é um treinador que marcou a minha carreira. E não só pelo treinador que é, mas também pela grande pessoa que é.”

Apesar deste mau arranque de época, João Mário acredita que o Benfica vai a tempo de conquistar o título.

“Acredito que temos o melhor plantel em Portugal. Acredito que, se toda a gente se unir, se toda a gente continuar a acreditar nestes jogadores, que têm muito potencial, têm muita qualidade… Também há muita gente jovem, é preciso dar algum tempo e ter alguma paciência com a equipa. Mas acredito que, se se criar uma onda vermelha muito grande, o Benfica possa ser campeão”, concluiu.

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