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Investigadoras da Universidade de Coimbra conquistam 1 milhão de euros

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Entre 546 propostas, Manuela Ferreira e Ira Milosevic são as investigadoras da Universidade de Coimbra (UC) que conquistaram perto de um milhão de euros de financiamento da Fundação “la Caixa”, que reverte para o desenvolvimento de dois projetos de investigação que pretendem vir a ter impacto nos domínios das infeções gastrointestinais e das neurociências.

Um dos projetos aprovados é coordenado por Manuela Ferreira, investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), e intitula-se “Qual a influência da dieta no sistema imunitário durante os primeiros anos de vida?”. O projeto conta com um apoio de cerca de 410 mil euros para estudar os linfócitos T, um tipo de células imunitárias que se encontram no epitélio intestinal (o revestimento do intestino).

Sobre a relevância desta investigação, Manuela Ferreira explica que “existe grande urgência em compreender melhor o funcionamento do intestino e a relação que se estabelece entre o sistema imunitário e os alimentos ingeridos”.

Atualmente, as doenças infeciosas ainda são uma das principais causas de morte entre as crianças com menos de cinco anos, e sabe-se que a desnutrição constitui um fator de risco que agrava o prognóstico. Neste âmbito, este novo projeto pretende vir a “facilitar o desenvolvimento de novas estratégias preventivas, possíveis alvos terapêuticos e ainda tratamentos eficazes contra as infeções gastrointestinais”, salienta a investigadora.

O segundo projeto da UC é coordenado por Ira Milosevic, investigadora do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento da Universidade de Coimbra (MIA-Portugal), chama-se “Rumo a uma melhor compreensão da disfunção da sinapse”. Este irá contar com o financiamento de cerca de 495 mil euros e vai estudar como é que os neurónios deixam de comunicar corretamente uns com os outros e como isso pode estar na base da neurodegeneração que ocorre no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas.

Em comunicado, a investigadora salienta que “vai contribuir para se conhecer melhor os processos que ocorrem na sinapse, que são relevantes no envelhecimento do cérebro e com impacto nas doenças neurodegenerativas, que pode vir a resultar no desenvolvimento de abordagens terapêuticas inovadoras”.

“Estes dois projetos constituem mais uma demonstração da elevada qualidade e relevância da investigação fundamental na área das neurociências, envelhecimento e ciências biomédicas desenvolvida na Universidade de Coimbra, e vem ainda reforçar a área estratégica da saúde”, destaca a Vice-Reitora da Universidade de Coimbra para a Investigação, Cláudia Cavadas.

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