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Hugo da Costa: é preciso trazer mais jovens para a política

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Hugo da Costa tem 18 anos, ainda frequenta o liceu mas já é candidato nas listas do DP, o Partido Democrático do Luxemburgo, na localidade onde reside, Betzdorf, um município com mais de quatro mil habitantes e pelo menos uma centena de nacionalidades.

O jovem político espera estudar direito no próximo ano letivo e continuar a conjugar os estudos com a vida política porque “quando se tem vontade nem sequer se notam as horas passadas”, disse ao BOM DIA, salientando que a sua motivação vem da vontade de “mudar as coisas”. “Também tenho sorte porque os meus pais sempre me apoiaram”, explica, destacando que a família nunca o desmotivou relativamente ao envolvimento na política, “antes pelo contrário”.

Hugo da Costa “nasceu para a política” quando, há uns anos, “ainda muito jovem”, entrevistou o atual primeiro-ministro Xavier Bettel. Desde então, o jovem português nascido no Luxemburgo acredita que “há políticos que querem mudar as coisas” e acrescenta que esse é o caso do seu partido.

“Há jovens que acham que a política é um clube fechado e têm a impressão de que os políticos não se interessam pelos verdadeiros problemas”, afirma Hugo da Costa, preocupado com esta tendência que tem a sua geração para se afastarem da agenda pública. O jovem candidato está convencido de que os jovens deviam dar o exemplo e participar mais ativamente “se querem verdadeiramente mudar as coisas”.

A escolha do Partido Democrático foi óbvia para Hugo da Costa: “é o partido da diferença, aberto e no qual existe uma verdadeira democracia, já que as ideias vêm das bases e não só de cima, dos líderes”. O candidato acredita ainda que a sua formação política quando faz campanha eleitoral não promove apenas o partido mas ideias, “mudanças sociais com impacto”, e recorda que foi o seu partido que tentou conseguir, “de forma consensual”, criar um Luxemburgo mais justo para todos através de reformas e do lançamento de novas ideias.

Exprimindo-se sempre forma muito articulada, dando um exemplo a muitos políticos com mais experiência, Hugo da Costa manifesta preocupação com os extremismos e os populismos, mas acha que todos os políticos têm um papel a desempenhar contra essas correntes: “os políticos devem ouvir as pessoas e estabelecer um contacto mais direto com elas”. O tamanho reduzido do grão-ducado e a facilidade do acesso aos políticos talvez seja uma das principais razões pela qual o Luxemburgo não tem “extremos fortes, mas há que continuar a fazer esforços para que assim continue”, vinca.

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