Sou assistente num consultório médico – que é um supor. A partir daí posso – devo? – prescrever medicamentos? É um supor.
Gosto e tenho muito, muito jeito para aquilo. Estou habilitado para mandar pacientes a consultas de especialidades médicas, que é um supor?
Sim. Porque há muitos outros exemplos e cada um deles com muitas outras especificidades.
Não sou investigador legal. Posso planear denunciar, denúncias e denunciantes?
Tenho jeito, faço melhor isto e aquilo porque tenho muita, muita prática em assar frangos – até mais que um especialista legalizado por mor da minha dedicação. Sou aplicado.
Sou técnico-especializado-em-arrumação-auto, ou em furtos nos domicílios, sem estroncar fechaduras. Posso deliberadamente limpar jóias, haveres e pertences? Tenho prática. Não dou mais estragos que aquilo que limpo…
É um favor que faço porque me intrometo na residência com classe?
Tenho ligações laborais – sejam administrativas, técnicas de informática num órgão de Comunicação Social. Vou fazer jornalismo, trabalho de investigação no terreno?
Posso recorrer às imensas formas de investigação – de acordo com a ética e o código deontológico de um jornalista! Posso fazê-lo?
Em suma: Posso fazer-me substituir aos profissionais devidamente habilitados, especializados?
Faço isto – que é um supor – na casa, bens e afins do mais comum dos portugueses – que abominam, condenam mesmo o furto. Eu posso fazê-lo?
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)