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Guerra na Ucrânia faz disparar turismo madeirense

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O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, perspetivou esta semana que 2022 será o melhor ano de sempre para o turismo da região porque vai beneficiar dos problemas do conflito na Ucrânia.

“As perspetivas é este ser o melhor ano de sempre [para o turismo da Madeira]”, disse o chefe do executivo madeirense na visita a uma unidade de turismo rural na freguesia da Tabua, no concelho da Ponta do Sol, na zona oeste da ilha.

O líder madeirense complementou que “o turismo está a crescer” e que esta região “vai fechar o ano como o melhor de sempre” e terá o “melhor inverno” turístico.

“A perspetiva na Europa, devido ao problema energético, é que a Madeira seja ponto de confluência de cidadãos da Europa para passar alguns meses de inverno”, apontou.

Afirmando que “os males dos outros, às vezes, são o nosso benefício”, Miguel Albuquerque realçou que “alguns destinos não são, neste momento, tão atrativos devido à guerra na Ucrânia”.

O governante insular destacou que o ano turístico da Madeira “tem sido muito bom”, apontando que se registou “um aumento da oferta” nas companhias aéreas e que estão a ser “negociados alguns destinos”, como a retoma da ligação aos Estados Unidos da América, com um voo da Sata, a partir de outubro.

“E temos perspetivas de voos diretos de outros destinos”, acrescentou, destacando que o turismo da Madeira “pode sempre crescer”.

No seu entender, “saturação é um destino estar vazio e não ter gente”, sublinhando que quando este “tem turismo a usufruir dos espaços, não tem que se lamentar” e os “pequenos problemas” que surgem devem ser resolvidos.

“Interessa é que pessoas venham à Madeira, gastem o dinheiro e contribuam para garantir rendimento para as empresas e famílias”, vincou.

Miguel Albuquerque realçou a importância da “diversificação” da oferta, em que se complementam o turismo urbano, rural e local.

“A ideia é diversificar os mercados. A Madeira não pode ficar dependente de um ou dois mercados”, argumentou.

À margem desta visita, questionado pelos jornalistas, o também líder do PSD/Madeira criticou “os dois ou três elementos dentro do partido que querem armar confusão” e, recorrendo ao anonimato, vão para os jornais desencadear polémicas sobre a coligação com o CDS-PP para as eleições regionais de 2023.

“A estratégia do PSD [Madeira] está aprovada em congresso e vai ser seguida. Isto não é o PS onde toda a gente manda. Aqui há uma comissão política eleita e a estratégia vai ser concretizada. Podem mandar as bocas que quiserem para os jornais”, argumentou.

Na passada sexta-feira, Miguel Albuquerque confirmou que o PSD e o CDS-PP vão concorrer juntos às eleições legislativas da Madeira em 2023, renovando a coligação que governa a região desde 2019.

O presidente do executivo insular também se pronunciou sobre a situação de algumas 311 empresas sedeadas na Zona Franca da Madeira estarem a recorrer às instâncias judiciais a pedir a anulação da decisão da Comissão Europeia para devolver as verbas relativas a auxílios fiscais que terão recebido ‘ilegalmente’ entre 2007 e 2020, na ordem dos 833 milhões de euros.

“Devem reclamar e ir aos tribunais. A União Europeia é baseada no Estado de Direto e qualquer entidade que possa sentir-se injustiçada tem o direito de reclamar”, defendeu.

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