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Gestora documental lusa comemora 30 anos com expansão para Espanha

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No ano em que completa o seu trigésimo aniversário, a portuguesa EAD – Empresa de Arquivo de Documentação compra congénere em Espanha e alarga atividade à península ibérica.

A EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, especializada em gestão documental, acaba de formalizar a compra de uma congénere espanhola especialista em destruição de documentos, reciclagem de papel, digitalização e gestão de documentos, a delete. O valor da aquisição, ainda não divulgado, justifica o investimento da EAD no mercado espanhol, alargando a sua atividade a toda a península ibérica.

“A aquisição consistiu na compra de uma unidade de negócio do centro de trabalho especial, CET Javier Aguilar, em Barcelona, acabando por constituir uma empresa mantendo um nome muito semelhante à unidade de negócio que é de elite”, adianta Paulo Veia, CEO do Grupo EAD.

“A marca, DELETE, é reconhecida e prestigiada em Espanha, tem centros de operações em Barcelona, Madrid, valência e Bilbau. Nós quisemos manter a marca de elite, que passa a fazer gestão documental global pois vão ser agregadas novas competências que a EAD pode dar ao nível da digitalização e custódia de artigos, algo que a empresa também já faz, mas em pequena quantidade”, esclarece.

A EAD passará a ter centros de operações em Valência, Bilbau e Madrid, ficando sediada em Barcelona onde dispõe de dois centros de operações. O volume de faturação estimado para 2023 será de um milhão e meio de euros. As quotas de mercado não estão ainda definidas em Espanha, mas, segundo Paulo Veiga “trata-se do segundo operador de destruição confidencial e segura”, adianta.

Com um total de 26 colaboradores, 17 deles com deficiência, trata-se da integração de uma empresa inclusiva, algo que o Grupo EAD deseja potenciar também em Portugal.

Questionado sobre o modelo de gestão da congénere espanhola, Paulo Veiga esclarece que “o atual gestor espanhol, Ramon Ferrer, passará a diretor geral da empresa, ficando o conselho de administração sob alçada portuguesa. Não vai haver reestruturação, pois, de acordo com o plano de vendas o objetivo é faturar em 2024 mais 500 mil euros e, para isso, vamos ter de contratar mais pessoas, privilegiando a contratação de pessoas com deficiência”, afirma.

Esta aquisição coloca o Grupo EAD como o único operador de cariz ibérico e com uma capacidade para triturar mais de 4000 toneladas de papel e cartão por ano.

Ainda a fechar o 2022, o grupo EAD prevê crescer 16% em 2023, mesmo sem o impacto do investimento nesta nova aquisição.

Paulo Veiga assume que “este investimento representa o resultado da nossa ambição que é cada vez maior e melhor, pois a dimensão do grupo consegue atrair outro tipo de empresas e clientes que acrescentam valor à nossa cadeia de serviços. Portanto, é com especial entusiasmo que, no ano em que comemoramos 30 anos, conseguimos ter uma pegada real na Ibéria e esta empresa é o princípio disso mesmo. Vamos continuar a olhar para o mercado espanhol com muita atenção, numa perspetiva de fazer outro tipo de aquisições neste mercado”.

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