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Galerias portuguesas lamentam poucas vendas na Paris Photo

Mercado da arte, incluindo fotografia, está “retraído”, segundo as galerias de arte presentes na feira internacional Paris Photo que encerrou no domingo, na capital francesa, levando-as a repensar a sua presença para o ano.

“Em relação aos resultados, o mercado está um pouco retraído, falei com os meus colegas e todos se queixaram de que havia menos vendas. Nós também não tivemos grandes resultados. Mas estar em Paris já foi bastante bom para dar visibilidade aos artistas e a Portugal”, disse Carlos Carvalho, diretor da galeria Carlos Carvalho, em declarações à agência Lusa.

O balanço da feira internacional Paris Photo, que decorreu na capital francesa entre 07 e 10 de novembro, não foi positivo para as galerias nacionais Carlos Carvalho e Filomena Soares que participaram no certame.

“As expectativas eram maiores e a participação ficou muito aquém. Penso que a feira está a perder a qualidade que tinha. É verdade que se notou que havia colecionadores estrangeiros, americanos e britânicos, mas há um abrandamento acentuado de compras dos colecionadores franceses”, referiu Manuel Santos, diretor da galeria Filomena Soares.

Apesar de as duas galerias assegurarem que conseguiram vender obras dos artistas que trouxeram a Paris, o mesmo não aconteceu para uma parte importante das galerias que participaram nesta feira no Grand Palais.

“Nós ainda vendemos bem, mas as outras galerias, de outras nacionalidades, muitas não venderam mesmo nada”, referiu Manuel Santos.

Carlos Carvalho indicou que devido à feira ter calhado num fim de semana prolongado, em França, muitos dos clientes habituais parisienses não vieram este ano.

A galeria Filomena Soares ficou colocada mesmo em frente a uma das entradas da feira, atraindo “muita gente” ao stand, mas faltou concretização. No entanto, os talentos entre os 30 e 40 anos, segundo Manuel Santos, como o fotógrafo Edgar Martins, foram muito procurados e tiveram algum sucesso.

Já a galeria Carlos Carvalho disse ter recebido elogios por parte da organização pelo “stand fantástico” e ter conseguido vender bem a série de Carla Cabanas sobre a memória, com outras vendas para museus e coleções privadas.

Quanto a um regresso a Paris para o ano, Carlos Carvalho afirma que a sua galeria regressará. Já Manuel Santos não tem a certeza. “Muito sinceramente não sei, está mais para não do que para voltar”, indicou o galerista.

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