De que está à procura ?

Lifestyle

Festival de Montemor-o-Velho liga Coimbra à Figueira

© DR

O Festival de Montemor-o-Velho regressa na 44.ª edição e volta a ligar Coimbra à Figueira da Foz através de um programa rico e diverso, ancorado nas artes performativas contemporâneas, mas que se expande para outras direções, estimulando cruzamentos entre várias disciplinas artísticas.

Destaque para a estreia de Dinis Machado na abertura do festival, uma apropriação queer e celebratória da obra de Nijinsky, num processo de resignificação de uma peça do repertório da dança do início do século passado. É a estreia de “A Sagração da Primavera – Memórias Ternas de um Afeto Queer”, na quinta-feira às 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra. No dia seguinte o festival apresenta no Teatro da Cerca de São Bernardo “WOW”, a obra mais recente de Sónia Baptista co-produzida pelo Citemor, cujo percurso artístico o festival tem vindo a seguir.

No sábado 30 de julho, o programa desloca-se para Montemor-o-Velho onde apresenta três propostas distintas. À noite, Sofía Asencio revela em antestreia “Noche Cañón” no Teatro Esther de Carvalho às 22h30 e já se encontra em residência de criação com a sua equipa em Montemor-o-Velho, desde o início da semana.

A partir das 19h00 e até às 22h00, na Junta de Freguesia, projecta-se o filme “The Divine Way” de Ilaria di Carlo, uma peça de videoarte que fica disponível até ao final do festival. Mais tarde, às 23h45 no Alcáçova, decorre a apresentação do livro “Cuaderno de Montemor” de Mariana Barassi (fotografia) e Pablo Caruana (texto), a partir das suas vivências no território do Baixo-Mondego.

O programa entra pelo mês de Agosto com a apresentação informal de Rogério Nuno Costa (dia 4 em Montemor-o-Velho), a estreia absoluta de “O Outro Lado da Dança” de Diana Niepce (dia 5 em Coimbra), Serrucho (dia 6 em Montemor-o-Velho), Jonas & Lander (dia 11 na Figueira da Foz), Pedro Lacerda (dia 12 em Tentúgal), Solange Freitas & Tiago Cadete, e no encerramento do festival, Gabriel Ferrandini em Montemor-o-Velho, a 13 de agosto.

Os espaços não convencionais são marca de um festival que normalmente intervém em lugares de importância patrimonial, arquitetónica e paisagística. O programa deste ano desloca-se das salas da cidade de Coimbra para o centenário Teatro Esther de Carvalho, para a antiga Fábrica de Mármores e Junta de Freguesia em Montemor-o-Velho, passa depois pelo Museu Santos Rocha na Figueira da Foz, até chegar à ruína ao palácio do séc. XV em Tentúgal, que foi residência do Infante D. Pedro.

Apesar de ser o festival mais antigo do país, o Citemor vem a reinventar-se constantemente, desafiado pela mudança dos tempos. De uma prática continuada de mais de quatro décadas, resulta um contributo relevante para a pesquisa, investigação e criação artística contemporâneas, assim como para a identidade e coesão territorial.

À semelhança das edições anteriores é o espectador que define o preço do bilhete.
Saiba mais aqui.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA