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Festival de Cannes

Ahh… e tal. Estava eu a pensar…

Diz-me ele: Ahh… e tal. Há décadas que não falho um Festival de Cannes. Todos os anos festejo o meu aniversário na Croisette. Este ano será diferente…

Há décadas?! Nem que fizesses horas extras. Tens década e meia de bida, como é possível?! Nem que vivesses vinte e seis horas por dia, menino.

Cá para mim vais cantar o fado ao porteiro para entrares na sessão p’ra “maiores de 16″… E, e…

Já a formiga tem catarro. A criançada a esticar-se nos pés, a esticar o pescosço para se fazer de gente.

Isso era antes.

Estás a sonhar! Apela ao senhor Morfeu, apela! Estás a sonhar quando untavas as mãos ao porteiro, que davas uma moedinha de 25 tostões. Hoje valia-te um grosso mais três tostões. E ainda um a fumegar…

Menino! Dava jeito ao porteiro no biscato. Mas hoje nem ao fim das vinte e quatro horas do dia, mais as duas horas ao serão, entendes?, mercão!

Nem as duas horas ao serão no Cine! Dava jeito! Binha o home farto do dia de trabalho, na SIC? A fábrica do senhor Abelininho? Lembras-te?

Mas olha! Tudo passa. Agora parece que c’ o dia tem duas ou três horas.

Ah… vou ao Festival de Cannes! Vais de cana.

E no fim também apanhas as canas?

(Diz-me qu’eu depois conto outra coisa).

 

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).

 

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