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Feiras londrinas não deixam arte portuguesa para trás

© DR

Cinco galerias portuguesas vão participar nas feiras de arte Frieze London e 1:54, que arrancam esta semana em Londres.

A Galeria Vera Cortês é a única presente na Frieze London, feira dedicada à arte contemporânea, que decorre entre quarta-feira e domingo, em paralelo com a Frieze Masters, reservada a artistas anteriores ao século XXI.

Este ano, a Frieze London vai celebrar o 20.º aniversário com mais de 160 galerias de 40 países, o que a torna a edição mais internacional da feira até à data.

Entre alguns dos artistas que vão estar em destaque incluem-se Sin Wai Kin, Angela Su, Trevor Yeung, Xiyadie, Marguerite Humeau, Sophie Von Hellerman, Julianknxx, Leilah Babirye, Barbara Chase-Riboud, Tomoo Gokita e Goro Kakei.

“Com a sua história rica, comunidades diversas e uma cena artística próspera, Londres é um lugar onde se trocam ideias e onde a inovação acontece, e as galerias presentes este ano atestam a vitalidade contínua da cidade”, afirmou a diretora da Frieze London, Eva Langret.

A responsável acredita que a feira “desempenhou um papel fundamental na formação do ecossistema artístico da cidade”, esperando “cativar e desafiar o público durante muitos anos”.

Este ano é lançada uma nova secção temática intitulada “Modern Women” que destaca obras criadas entre 1880 e 1980, um período crucial para os direitos das mulheres e o feminismo.

Entre as artistas selecionadas está a brasileira Tarsila do Amaral.

Na 1:54, feira focada na arte contemporânea de África e da diáspora africana, vão estar a Krystel Ann Art, Perve Galeria, MOVART e THIS IS NOT A WHITE CUBE, estas duas últimas também com espaços em Luanda, Angola.

Este ano participam um recorde de 62 expositores internacionais representantes de 31 países, um terço dos quais africanos, que vão apresentar mais de 170 artistas que trabalham numa variedade de técnicas, desde a pintura e a escultura à instalação.

Serão expostas obras de artistas consagrados como Joana Choumali, Ibrahim El Salahi e Soly Cissé, bem como de artistas jovens e emergentes como Josué Comoe, Anya Paintsil e Edozie Anedu.

Para o pátio central da Somerset House, onde se realiza a feira, foi encomendada uma obra ao artista marroquino Amine El Gotaibi.

“Illuminate the Light” é um conjunto de doze esculturas geométricas individuais inspiradas nas sementes de uma romã que variam muito em forma e cor, para representar a diversidade e a abundância do continente africano.

“Estamos muito satisfeitos por acolher mais galerias do que nunca, com um número significativo de galerias sediadas no continente”, afirmou o diretor e fundador, Touria El Glaoui.

O franco-marroquino congratulou-se por, ao longo dos últimos 11 anos, “numerosos artistas” se terem estreado internacionalmente nesta feira, recordando que “são agora figuras estabelecidas no mercado da arte”.

Esta é a 11.ª edição deste certame, que tem edições anuais em Londres, Marraquexe e Nova Iorque e um evento ‘pop-up’ em Paris. O nome é uma referência aos 54 países do continente africano.

Em paralelo com a realização destas feiras em Londres acontece uma série de eventos ligados à arte, alguns dos quais com portugueses envolvidos.

A Frieze Week, um programa alargado de eventos culturais, decorrerá em conjunto com as feiras, de 09 a 15 de outubro, em galerias, instituições e espaços dirigidos por artistas em toda a cidade.

A Semana da Escultura de Londres, que inclui as quatro iniciativas Frieze Sculpture, Fourth Plinth, The Line e Sculpture in the City, celebra e mostra arte em espaços públicos por toda a capital.

O luso-angolano Pedro Pires é um dos artistas participantes na 12.ª edição da Escultura na Cidade, na qual também estão presentes os brasileiros Vanessa da Silva e Rafael D’Alo.

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