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Europeus induzidos em erro sobre as eleições nos EUA

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Para grande surpresa dos cidadãos europeus os americanos deram uma vitória clara aos Republicanos tendo estes conseguido um avanço de 4,5 milhões de votantes em relação aos democratas (socialistas).

Os meios de comunicação europeus ao tomarem partido pelos democratas, favorecendo nas avaliações o partido de Kamala Harris e demonizando Donald Trump fixando-se no que este tem de bizarro, falharam o ideal da informação isenta que deveria centrar-se nas políticas subjacentes ao programa republicano e democrata! 

Atendendo ao resultado das eleições, Media e institutos de sondagens revelaram estar muito distantes da realidade político-social americana; o que se torna muito grave é o facto de as agências de informação europeias terem induzido os espectadores e os leitores em erro sabendo, de antemão que, à posteriori, não serão chamados à responsabilidade pelos cidadãos, apesar do seu timbre mais propagandista que informativo. Apesar de melhor conhecimento, persistiram em confundir os interesses do povo americano com supostos interesses partidários da União Europeia, o que implicou uma política de desinformação, de desrespeito e abuso das populações europeias em geral.  

Mais uma vez se verificou que a vontade informativa de cunho socialista domina Bruxelas e seus multiplicadores nos estados parceiros europeus. Perante o resultado das eleições tudo mostra que a opinião pública foi deformada e que de uma maneira geral o jornalismo é cego e partidário quando se trata de informações relativas a conservadores e progressistas; tem a justifica-los o relativismo gnóstico que vive da confusão da falsidade com verdade e se concretiza numa política de informação pós-fáctica. 

O resultado mostra que a maioria do povo americano não é socialista embora os meios de comunicação social se encontrem, tal como na Europa nas mãos da esquerda: temos assim o fáctico a ser substituído pela sua interpretação apresentada ao público como factual

Contra todas as espectativas do jornalismo europeu, os republicanos passaram a ter a maioria nas diferentes instituições do poder político: Senado, Câmara dos Representantes e Presidência.

Uma Licão: o espectador e o ouvinte têm de se questionar sobre quem os informa, que motivo e posição representa e que modelo político pretende. Embora as forças de esquerda dominem a informação, o povo americano mostrou-se superior a elas demostrando que estavam erradas nas suas avaliações e prognoses.

Republicanos, de cunho capitalista, defendem a independência dos cidadãos perante o Estado enquanto o socialismo favorece mais controlo do estado sobre os cidadãos quartejando-lhes a liberdade. Naturalmente, a liberdade favorece os mais fortes o que pressupõe e justifica a intervenção mediadora do Estado com medidas reguladoras e protetoras dos mais precários.

Agora que caminhamos para um mundo multipolar os EUA perderão a sua hegemonia global e naturalmente continuarão a pressionar a União Europeia para esta se militarizar mais e os americanos poderem deslocar meios para intensificarem a sua presença militar no índico-pacífico.  

Com o governo de Trump, os EUA continuarão mais interessados no espaço índico-pacífico, o que obrigará a Europa a ter de se entender com o seu parceiro geográfico natural que é a Rússia. Apesar de erros e confusões será de crer que políticos não queiram envolver a Europa em futuras guerras a desenrolarem-se no espaço asiático.  

O púbico europeu foi embrulhado com a narrativa Corona e depois enganado com a narrativa da Invasão da Ucrânia e começo da guerra a 22 de fevereiro 2022 quando a guerra tinha começado, depois de preparada, em 2014 e, como se vê, pela atitude de políticos e jornalismo europeu;  o cidadão terá que começar a pensar por si e não pensar só pela cabeça dos outros. .

É chegada a hora de pedirmos mais responsabilidade aos nossos governantes e ao nosso jornalismo. Só assim poderemos ter esperança num povo mais crítico e consciente. Doutro modo chegaremos a um ponto em que o povo já não se interessará por liberdade nem democracia, mas apenas por segurança. 

António da Cunha Duarte Justo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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