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Ensino de português na Venezuela conquista mais dois mil alunos

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Quase 2.000 pessoas na Venezuela começaram a aprender português no último ano, disse à Lusa o embaixador português em Caracas, assinalando que o ensino da língua está em expansão.

“A língua portuguesa está em expansão na Venezuela. Tem sido feito um trabalho muito importante por parte da Coordenação de Ensino de português na Venezuela e em menos de um ano nós temos uma expansão de praticamente 2000 alunos”, disse João Pedro Fins do Lago.

O diplomata falava à agência Lusa no Centro Português de Caracas, à margem da cerimónia de entrega de certificados de Português Língua Estrangeira (PLE) a alunos locais e da assinatura de um protocolo de cooperação entre aquela instituição e o Instituto Camões.

“É o resultado de um trabalho muito focado não apenas na comunidade portuguesa, onde os números aumentaram, mas para além dela. Isto é, tem havido um despertar de interesse por parte dos venezuelanos para a nossa Língua, pelo valor económico que tem e pelas portas que abre em todo o mundo”, declarou.

O embaixador destacou “o trabalho que o movimento associativo português faz na defesa e na promoção da língua portuguesa”, sublinhando que o Centro Português (CP) em Caracas “é um exemplo, entre outras associações que teimam em ensinar português há muitos anos”, que já deu aulas a “milhares de alunos, crianças e adultos, portugueses e venezuelanos”.

“Há 25 anos que o CP ensina o português e mais de 5000 alunos foram certificados. É um trabalho extraordinário para uma associação que não nasceu vocacionada para o ensino da língua, mas para ser um espaço de encontro e que adquire valências tão importantes como esta valência cultural”, disse, sublinhando que “são 25 anos, as bodas de prata a ensinar português”.

O diplomata frisou que “a Língua é efetivamente também a pátria dos portugueses e é um sinal da sua própria impressão digital, da sua identidade cultural “.

Explicou que foram entregues vários diplomas de língua portuguesa, entre eles “a alunos que tiraram o seu certificado com 100 por cento”, ou seja, “entre os alunos do CP estão os melhores resultados na Venezuela e dos melhores em todo o mundo”.

“A língua é viva e o que digo a todos os venezuelanos e toda a comunidade portuguesa na Venezuela é que usem a língua. Usem-na como sabem, mas usem-na, porque vos abre portas e é parte da vossa portugalidade”, disse.

O diplomata sublinhou ainda que “nos últimos cinco anos, as provas de Ensino do Português Língua Estrangeira neste país têm sido inteiramente gratuitas”, o que “reflete a atenção que as autoridades portuguesas dão às dificuldades socioeconómicas pelas quais ainda passam diversas famílias na Venezuela”.

Também que o reconhecimento e a acreditação das competências comunicativas em português “é um grande valor, que abre portas na sociedade e no mundo de trabalho”.

O presidente do Centro Português, pediu ao Governo português que mantenha os apoios ao CP.

Durante a sua intervenção, o professor David Pinho, coordenador dos estudos no CP, sublinhou que além da Língua, aquela instituição “acompanha a cultura e as tradições, o acervo cultural tão importante”.

“Temos tido também o apoio das instituições e do Instituto Camões nos livros, que era um grande problema que tínhamos com os textos escolares e literários. Hoje, trabalhamos em paralelo com a Escola Virtual [Porto Editora], que nos permite planificar, com vídeos trabalhos adicionais da aula”, disse.

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