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Economia do mar pode vir a receber 100 milhões

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O secretário de Estado do Mar anunciou na passada quinta-feira, dia 8 de junho, que o Governo candidatou à reprogramação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dois projetos para investir na economia do mar, num investimento global de 100 milhões de euros.

Em declarações à agência Lusa, no final da iniciativa “Oceano: Pessoas e Oportunidades”, que assinalou em Viana do Castelo o Dia Mundial dos Oceanos, José Maria Costa, secretário de Estado do Mar, adiantou que “uma das iniciativas, com uma verba de 50 milhões de euros, prevê o aprofundamento de estudos na costa portuguesa” relacionados “com o conhecimento no âmbito das energias renováveis oceânicas, mas também no conhecimento marinho”.

“É um trabalho importante que vai permitir aos centros de investigação e aos institutos portugueses um desenvolvimento e conhecimento maior da nossa costa”, destacou o governante.

O secretário de Estado do Mar revelou que o segundo projeto, também com um investimento de 50 milhões de euros, está relacionado com o ‘Green Shipping’.

“No fundo trata-se de uma aposta muito importante na descarbonização do transporte marítimo e no apoio a projetos-piloto nacionais de centros de investigação” para a mudança de utilização de “combustíveis fósseis por outros combustíveis”.

“É também um sinal muito importante que queremos dar aos armadores portugueses que fazem as ligações entre o continente e as regiões autónomas, dando-lhes oportunidades de fazem melhorias nos sistemas de transporte, nomeadamente nos combustíveis fósseis”, destacou.

José Maria Costa adiantou que o Governo está a fazer “uma aposta muito forte” nessa mudança “uma vez que o transporte marítimo tem um peso importante na emissão de CO2 (dióxido de carbono) a nível internacional”.

“Portugal quer dar um sinal muito importante de que está atento e quer reduzir essas emissões”, frisou.

Segundo José Maria Costa, as duas iniciativas, “entre muitas outras, como por exemplo, um projeto de inovação e investigação das ilhas Selvagens, na Madeira, foram agora submetidas à Comissão Europeia deverão ser aprovadas até final do mês de julho”.

Na sessão que decorreu no Centro de Mar de Viana do Castelo, instalado a bordo do navio-museu Gil Eannes, foi apresentado o projeto Atlantic OFFSHORE Wind Energy AOWINDE, da eurorregião Galiza, Norte de Portugal e financiado pelo programa pelo INTERREG.

À Lusa, Maria Campos, técnica de inovação da ASIME, Associação de Indústrias do Metal e Tecnologias Associadas da Galiza, explicou que o projeto de cooperação, com um orçamento de 1.8 milhões de euros, pretende desenvolver todos os estudos necessários para a implementação física de um parque eólico ‘offshore’.

“A intenção é fazer um projeto-piloto de um parque eólico virtual que permita avaliar o impacto tecnológico, ambiental, social e económico de uma instalação real daquela infraestrutura”, explicou Maria Campos.

Além da ASIME integram o consórcio a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, a Junta de Galiza, o Instituto Energético de Galiza, as Universidades de Vigo e da Corunha, a Câmara de Viana do Castelo, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, o INESCTEC e o CATIM — Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica.

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