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E se um luso-francês fosse o próximo português na Fórmula 1?

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É atualmente um dos pilotos mais promissores da Fórmula 2 mas recorda bem o dia em que, há cerca de dez anos, de férias em Portugal, a sua vida ia conhecer um novo rumo: “fiz pela primeira vez uma corrida de karting e adorei imediatamente”.

Quem assim fala é Victor Martins, filho de pai português e mãe francesa, nascido em Quincy-sous-Sénart,em França. Possui dupla nacionalidade franco-portuguesa mas compete no automobilismo sob licença francesa.

Em criança, nunca teria imaginado conviver com os grandes do desporto automóvel: hoje uma das promessas do automobilismo, Victor Martins, está a chegar ao fim da sua segunda temporada na Fórmula 2, pela equipe ART Grand Prix. Martins foi campeão do mundo de kart, venceu a o Europeu de Fórmula Renault em 2020 e o Campeonato de Fórmula 3 em 2022.

O luso-francês é membro do programa de jovens pilotos da Alpine, o que lhe pode dar acesso mais rápido à Fórmula 1.

Quem diria que o pequeno Victor, que chegou a ser campeão francês de ginástica aos 10 anos, idade em que grande parte dos seus atuais competidores já davam voltas nas pistas ao volante de automóveis, chegaria à segunda disciplina motorizada mais prestigiada, com chances de atingir a rainha das modalidades.

“Se tivesse continuado na ginástica, teria participado nos Jogos Olímpicos”, garantiu com segurança numa entrevista recente à AFP, mas explica que parou porque “já não tinha esta paixão por aquele desporto”.

Aos doze anos descobriu o prazer das quatro rodas e começou a correr um ano depois. “Demorou um pouco para realmente começar porque financeiramente não foi fácil”, explicou, dada a dificuldade de encontrar patrocinadores.

É em particular graças ao apoio da FFSA, a Federação Francesa de Automobilismo, em cuja academia ingressará para continuar a sua escolaridade até ao final do liceu, que o jovem fará a sua carreira.

Agora já está perto dos pilotos de Fórmula 1 que Victor Martins admira, com a esperança de entrar na F1 no próximo ano. A entrada na Renault Sport Academy em 2018, que se tornará a Alpine Academy, é uma garantia de apoio financeiro e de convivência com a elite. “Nada é 100% garantido num ambiente hipercompetitivo onde há muitos recrutas para poucos escolhidos”, desabafa Martins.

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