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Crise: Cáritas Leiria-Fátima recebe um pedido de ajuda por dia

A Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima está a receber um novo pedido de ajuda por dia, de famílias em dificuldade, perante a crise económica que atinge o país.

“Temos mais de 30 processos abertos por mês e tem-se agravado. Isto é por todo lado, as dimensões das dioceses não são todas iguais, mas para nós essa média aumentou bastante, as pessoas vêm com frequência à Cáritas para serem ajudadas e, muitas vezes, não é só uma pessoa, é uma família que tem quatro, cinco pessoas”, disse hoje José Marques, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O presidente da Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima explica que as necessidades de quem procura a instituição são de alimentação, vestuário, “nomeadamente, agora para o tempo frio”, a medicação, “pessoas que estão a tomar medicação crónica e que precisam de continuar”, pagamentos de faturas de água, da luz e do gás, que “é constante” e a habitação.

“Depois, há outra vertente que, muitas vezes, descuramos que é saber escutar as pessoas. As pessoas vêm à nossa casa, muitas vezes com problemas complexos, e, muitas vezes, as nossas técnicas estão algum tempo a conversar”, assinala.

Para José Marques, que está na Cáritas há três anos, “estar próximo no terreno não é só dar um cabaz”, e indica ainda que também têm “um programa de empregabilidade”, onde ajudam as pessoas “a encontrar um emprego estável”, em 2022, tiveram cerca de “20 pessoas, agora no mês de janeiro, oito”, para além do apoio ao estudo a crianças “com pouco recursos”, com “monitores jovens” que dão as explicações.

José Marques acrescentou que, na Diocese de Leiria-Fátima, também procuram, “em primeiro lugar, dar a conhecer esta realidade” diocesana, onde, a nível local, também têm uma rede de parcerias, nesse sentido, procuram “motivar essas instituições” para o trabalho que realizam e “dar a conhecer a todos que se identificam com a Cáritas a estarem presentes”.

A Igreja Católica em Portugal está a comemorar a Semana Nacional Cáritas, uma rede com 20 Cáritas Diocesanas e ainda paroquiais, com o lema ‘O Amor que Transforma’, até 12 de março, quando se celebra o ‘Dia Nacional Cáritas’, no terceiro domingo da Quaresma, onde se destaca o peditório de rua com os seus voluntários.

“É a semana em que também olhamos para dentro e vemos o estado de arte da rede, e comunicamos para que as pessoas saibam exatamente o que é a Cáritas, o que é que acontece na Cáritas em Portugal, e de que forma é que todos juntos podemos fazer mais, mais próximo”, explicou a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitida hoje na RTP2.

Segundo a responsável, a Cáritas Portuguesa tem a “obrigação de partilhar os resultados” e de confirmar se o fazem pelas pessoas também devem “devolver o resultado às pessoas para que mantenham a confiança” na instituição, que tem “um número, infelizmente, relativamente fixo, de 120 mil pessoas”.

Esse número, acrescenta, “tem a ver com a pobreza resistente”, e, na sequência das últimas situações de crise, “que não terminam e vão somando” – pandemia, guerra, aumento dos custos de vida, das taxas de juro -, “vão surgindo situações completamente diferentes”.

‘O amor que transforma’ é o tema desta semana especial e, segundo a presidente da Cáritas Portuguesa, com a campanha criada, querem que “as pessoas entendam” que não têm “só uma opção” quando querem “fazer alguma coisa diferente do tempo ou das disponibilidades financeiras”.

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