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Consulado em Londres incentiva uso das ferramentas digitais

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Interagir com o consulado em Londres digitalmente ou pelo correio pode poupar tempo e dinheiro aos portugueses emigrantes, afirmou o cônsul-geral de Portugal na capital britânica, Luís Leandro da Silva, durante um seminário com líderes comunitários. 

Alterar a morada digitalmente, exemplificou, evita a deslocação por duas vezes ao posto consular, uma para pedir a alteração e a segunda para confirmar a nova morada. 

Outro exemplo é o registo de nascimento ‘online’ porque, além de resguardar pais e bebé, desencadeia automaticamente a marcação para a emissão do cartão de cidadão e passaporte da criança. 

Para todos estes atos consulares, vincou, é necessária a obtenção da Chave Móvel Digital (CMD), um meio de autenticação e assinatura digital certificado pelo Estado português que permite ao utilizador aceder a vários portais públicos ou privados. 

É possível ativar a CMD através de uma aplicação de telemóvel ou de um leitor de cartões do cidadão ligado a um computador. 

Mensalmente, o consulado disponibiliza cerca de mil marcações na plataforma de agendamento eletrónica exclusivamente para detentores da CMD para renovar cartões do cidadão ou passaportes, realizar atos de registo civil ou de notariado. 

O cônsul-geral afirmou que já usam esta modalidade “milhares” de portugueses e acredita o aumento do uso de meios digitais e postais poderá “ter um impacto significativo” na redução da procura do atendimento presencial. 

“Não vou dar um número exato, mas é perfeitamente razoável pensarmos que é possível escoar 10% de tudo daquilo que é feito no consulado através dos meios digitais ou por correio”, disse à Agência Lusa.

Luís Leandro da Silva referiu que o seminário de hoje na sede da associação A Família, em Londres, com dirigentes associativos e representantes da comunidade pretende maximizar a divulgação das potencialidades das ferramentas digitais e serviços postais.

O Conselheiro das Comunidades Portuguesas, António Cunha, elogiou a iniciativa, porque “permite esclarecer as pessoas como fazer as coisas por elas próprias”. 

“Desta maneira, as pessoas podem resolver os seus assuntos sem dar documentos e informação a terceiros, que se podem aproveitar e cobrar dinheiro”, salientou. 

A diretora da organização de apoio a vítimas de violência doméstica Respeito, Maria João Melo, concordou que o uso da CMD pode “facilitar a vida” a beneficiários sem competências digitais.

Porém, lembrou que muitas pessoas que muitas pessoas não possuem telefones inteligentes para ativar a CMD nem computadores ou moradas de correio eletrónico para usar os serviços digitais. 

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