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Conhece António Justo?

Filósofo, teólogo e jornalista é uma definição redutora? No caso de António Justo, depois de uma vida dedicada aos estudos e ao conhecimento humanístico, o que conseguiu não cabe nestas definições.

Justo viveu na Alemanha e em França, mas também em Portugal. Foi padre, professor, jornalista, empresário e político, e ainda publicou livros e artigos de opinião que pode ler regularmente no BOM DIA.

Plantou as suas árvores e cuidou do seu crescimento, pois é pai de quatro filhos adultos que, apesar de nascerem de mãe alemã e na Alemanha crescerem, se consideram ainda assim portugueses, apoiando a seleção das quinas, mesmo em jogos contra os germânicos.

António Justo nasceu numa família de treze filhos em Várzea, Arouca, em 1947, e como ia bem na escola, foi apadrinhado pelo médico local, que tinha três farmácias na região, e que queria formar o jovem conterrâneo em farmácia para garantir o futuro. Mas para grande desgosto de todos, o petiz começou a dizer a todos, que ia ser padre, pois queria ajudar as famílias pobres.

O seu pai logo lhe disse, que “não se podiam dar a esses privilégios”, que isso era para as famílias mais abastadas. Mas o que tinha de ser foi e, em 1977, com pompa e circunstância, foi finalmente ordenado padre salesiano pelo Cardeal D. António, em Lisboa.

Antes disso, António Justo formou-se em teologia e continuou a estudar filosofia, psicologia, pedagogia social, e ciências da educação, enquanto dava aulas. Estudou e lecionou em Portugal, França e Alemanha, onde chegou já com o domínio da língua local.

Interessado em viver a corrente filosófica alemã dos pensadores iluministas, “rapidamente se tornou numa desilusão, ao encontrar uma sociedade de expressão anglo-saxónica, que não correspondia ao que tinha estudado e ideado”, afirma.

Porém nestas andanças, conheceu uma jovem assistente social alemã, de seu nome de solteira Helga Carola Ruf, que cedo deixou a profissão, para se dedicar à pintura. O amor, obrigou-o a renunciar à atividade de sacerdote, quis ser livre para se dedicar à família e ter filhos, e por isso acabou por ficar a lecionar na Alemanha.

Acabou por desenvolver uma intensa atividade académica e lecionou a língua e cultura portuguesas e ética em escolas no Hessen, e ainda português na Universidade de Kassel, envolvendo-se também em atividades da política local, pelo SPD alemão e no Partido Socialista português. Foi porta-voz dos estrangeiros na câmara municipal de Kassel e representante dos professores de português na Alemanha.

Hoje, António Justo, com 75 anos não para. Tem mais tempo disponível e escreve os seus livros, publica com regularidade no BOM DIA,  e em diversos meios de comunicação em Portugal e na Alemanha. Escreve sobretudo textos sobre geopolítica, sociedade e religião, ou assuntos  da atualidade do interesse das comunidades portuguesas no estrangeiro em “Pegadas do tempo, rascunhos da vida”, o seu blogue.

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