Condenado por dois homicídios em Portugal detido em Espanha
As autoridades espanholas anunciaram esta segunda-feira a detenção de um homem condenado por dois homicídios em Portugal, durante uma apreensão de dois quilos de heroína, perto de Madrid.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, a Guarda Civil deteve dois homens quando transportavam dois quilos de heroína na localidade de Pinto, na periferia de Madrid, um dos quais com uma pena de prisão pendente por dois homicídios em Portugal.
O suspeito tem também antecedentes por tráfico de droga e falsificação de documentos públicos e de notas.
De acordo com o Comando da Guarda Civil de Madrid, os factos ocorreram na semana passada, quando os agentes realizavam uma operação de segurança pública na estrada M-408, tendo mandado parar um veículo com matrícula portuguesa e dois ocupantes.
Quando interrogados pelos agentes da Guarda Civil, os dois ocupantes deram respostas incoerentes e as autoridades decidiram fazer uma inspeção ao carro, tendo encontrado 2.275 euros em dinheiro e quatro pacotes embrulhados em plástico transparente contendo uma substância castanha com cheiro a vinagre, que veio a confirmar-se ser heroína.
No entanto, no momento em que os polícias faziam a inspeção, um dos ocupantes do veículo, o homem procurado por dois homicídios, tentou fugir pela berma da estrada, mas foi apanhado pelos agentes. O suspeito debateu-se violentamente contra a detenção e chegou mesmo a retirar uma das armas a um dos agentes.
Os documentos do suspeito, um bilhete de identidade e um passaporte portugueses, revelaram-se ser falsos e as autoridades espanholas verificaram que o suspeito tinha um mandado de captura internacional emitido por Portugal, depois de ter fugido após a sua condenação por dois crimes de homicídio.
No total, tinha utilizado até seis identidades para escapar à justiça, tendo também antecedentes por tráfico de droga, falsificação de documentos e de moeda e proibição de entrada no espaço Schengen pelas autoridades francesas.
Os dois ocupantes do veículo, que estão em prisão preventiva, são suspeitos, segundo as autoridades espanholas, de tráfico de droga, falsificação de documentos, desobediência e resistência grave.