Começou o julgamento do caso BES. Emigrantes lesados manifestaram-se

A agência TorkeCC criou e apresentou uma manifestação simbólica esta terça-feira a propósito do arranque do julgamento do caso BES, ilustrando as poupanças 1994 pessoas lesadas com a queda do banco a serem “enterradas”. A ação foi desenvolvida para a ABESD (Associação de Defesa dos Clientes Bancários) e para a ALEV (Associação de Lesados Emigrantes da Venezuela e África do Sul)
A agência, que se apresenta como a primeira agência de marketing de guerrilha em Portugal e consultora criativa, desenvolveu uma ação onde uma viatura funerária com um caixão e coroa de flores circulou e estacionou pela zona do Campus da Justiça, “ilustrando de forma simbólica e pacífica as suas vítimas, os seus lesados já falecidos, bem como as suas poupanças ‘enterradas’ em dezenas de crimes financeiros”, explica-se em nota de imprensa.
A “ação de guerrilha”, assinada por André Rabanea, fundador da TorkeCC, foi “escoltada” por 16 figurantes, em representação dos 16 arguidos do caso BES.

Segundo o jornal Expresso, na Venezuela, há pessoas lesadas que morreram, mas houve pessoas que se suicidaram. Nós evitamos falar um pouco nisso porque as pessoas também não querem falar nisso porque, de repente, viver num país em que são mal pagos, tinham as suas poupanças em Portugal e montaram-lhes um esquema. E quem diz Venezuela, diz na África do Sul ou na Suíça.
Entre os manifestantes que se encontravam no Campus da Justiça em Lisboa esta terça de manhã, havia vários portugueses emigrantes.
Em frente ao Campus de Justiça foram colocadas tarjas onde estão escritas outras mensagens como “lesados Novo Banco” ou “exigimos a provisão”.
O julgamento do processo BES/GES começou às 09:30 no Juízo Central Criminal de Lisboa, 10 anos após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), num caso com mais de 300 crimes e 18 arguidos, incluindo o ex-banqueiro Ricardo Salgado.
