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Certificados de língua portuguesa na Venezuela temporariamente gratuitos

Os venezuelanos e luso-descendentes interessados em certificar os seus conhecimentos do português como língua estrangeira, vão ser dispensados do pagamento das propinas, anunciou a Universidade Central da Venezuela (UCV),

A isenção temporária do pagamento, faz parte de um acordo entre a UCV e o Centro de Avaliação e Certificação de Português Língua Estrangeira (CAPLE), de Lisboa, explicou a diretora do Departamento de Português daquela Universidade.

“O CAPLE compreendeu que um venezuelano para apresentar um exame era um balúrdio, que um venezuelano precisa de juntar pelo menos, entre seis a sete ordenados mínimo, para apresentar o Certificado Inicial de Português Língua Estrangeira (Ciple), que é o exame mais barato”, disse.

Em declarações à Agência Lusa, Digna Tovar explicou que “a situação era mesmo incontornável, porque os candidatos não conseguiam pagar o preço dos exames”.

“Eu coloquei a situação à Universidade de Lisboa, ao APLE, que fez uma consulta, e que, finalmente, decidiu, que temporariamente os exames vão ser gratuitos para os venezuelanos que queiram apresentar”, frisou.

A decisão, explicou beneficia “muitos estudantes”, mas também “pessoas da comunidade portuguesa, que querem e precisam de apresentar exames” para poder trabalhar em Portugal e para obter a nacionalidade.

Segundo a professora, os exames estão divididos em seis níveis. O mais barato custa 70 euros e o mais caro 170, mais comissões de transferência, num país onde “atualmente não se podem fazer transferências” internacionais devido ao sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção local de moeda estrangeira.

“Há muitos filhos de portugueses a solicitar a nacionalidade portuguesa e um dos requisitos é apresentar o Diploma Intermédio de Português Língua Estrangeira (DIPLE), que tinham que pagar e não tinham recursos. Agora, vão ser beneficiados os estudantes da nossa universidade, e também as pessoas da comunidade portuguesa”, disse.

Digna Tovar explicou ainda que “os exames são para certificar a proficiência das pessoas que têm conhecimento em língua portuguesa, não precisam ser estudantes de português”, apenas ter mais de 15 anos de idade.

“Quem tiver conhecimento do idioma, a nível oral e escrito, pode apresentar os exames”, frisou, precisando que o mais alto é o C2 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas e que consiste em “uma competência comunicativa ao nível do nativo”.

Segundo Digna Tovar, para trabalhar em Portugal e na Europa idealmente as pessoas deviam apresentar pelo menos o DIPLE, um nível já de falante autónomo, independente que é capaz de comunicar-se eficazmente na Língua Portuguesa”.

“Gostava de convidar as pessoas, os filhos de portugueses, e os estudantes, a apresentar os exames com consciência, não é só apresentar o exame por apresentar, porque exigem uma competência. Que entrem na página do CAPLE (http://caple.letras.ulisboa.pt) e verifiquem se têm as competências. É necessário promover a apresentação e aplicação dos exames, mas com consciência”, disse.

Digna Tovar frisou ainda que a UCV “já informou a coordenação do ensino do português na Venezuela” da decisão e colocou a informação na página daquela universidade.

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