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Caso Maëlys: se soubesse que era a última vez, tinha abraçado tanto a minha filha

A emissão de grande reportagem “Sept à huit”, da televisão francesa TF1, dedicou um inquérito especial sobre Maëlys Araújo, a menina lusodescendente que, na noite de 26 para 27 de agosto de 2017, desapareceu durante um casamento onde estava com os pais e a irmã mais velha.

Joaquim Araújo, o pai de Maëlys, mostrou à TF1 as imagens da sua filha de férias em Portugal. “Gostava de bicicleta, piscina e os animais” diz o pai comovido numa entrevista única com a mãe da menina, Jennifer (na foto acima).

O português recorda que Nordahl Lelandais, condenado pelo rapto da menina, foi “convidado de última hora, a quem os noivos disseram para vir mais tarde”.

Depois do jantar Maëlys pede para ir ver os cães de um amigo. Jennifer pergunta quem é o amigo e a menina diz que era o tal convidado de úiltima hora, Nordahl Lelandais.

A emissão da TF1 fez ainda uma entrevista à baby-sitter do casamento, Céline, que conta que “Maëlys não conhecia os outros miúdos. Tímida, falei com ela e acabou por passar quase toda a tarde junto a mim”.

Já passa da meia-noite quando a baby-sitter, cansada, pede para ir embora. Um aviso foi feito pelo DJ para que os pais venham buscar as crianças.

Maëlys perguntou aos pai “se podia dançar e foi a última vez que a vi”, diz Joaquim (na foto abaixo). A mãe diz que antes desse momento, a miúda tinha provado um pedaço de bolo, de que Maëlys não gostou, antes de se dirigir até à pista de dança. “Se soubesse que era a última vez que a ia ver, tinha abraçado tanto a minha filha”, confessa Jennifer.

“De repente olho para a pista”, diz Joaquim, “e não a vi”. Eram 4 da manhã e, imediatamente, os pais chamam a polícia, que chega 20 minutos depois.

Nas primeira horas da manhã, as buscas estão a decorrer, com cães, mergulhadores e helicópteros. “Eu não percebia nada do que estava a passarf-se”, confessa Joaquim Araújo. Três dias depois as buscas continuavam e o desespero aumentava.

Recorde-se que após a descoberta de um rasto de ADN da criança no seu carro, Lelandais, depois de várias vezes mudar de versão. o homem foi entretanto condenado em maio de 2021 a vinte anos de prisão pelo assassinato de Arthur Noyer.

Acaba por ser o inquérito sobre a desaparição de Arthur Noyer que acabou por reavivar as suspeitas relativamente a Maëlys. Um crânio encontrado numa montanha leva as autoridades a Nordahl Lelandais. O homem apagou os seus dois telefones durante a noite, quando se pensa que terá dado boleia a Arthur Noyer. Uma forma de agir que se assemelha à da desaparição de Maëlys de Araújo.

O francês é agora acusado do rapto e assassinato Maëlys de Araujo. Nordahl Lelandais deverá ser julgado a partir de dia 31 janeiro, sendo o único suspeito da morte da menina.

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