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Calçado e peles portugueses estão bem e exportam-se

O “cluster” de calçado e artigos de pele marca presença em Milão em três feiras do setor, das quais se destaca a MICAM, o maior certame de calçado do mundo, que se iniciou domingo e termina hoje, quarta-feira.

E não podia ser melhor momento para esta indústria nacional, que exporta 95% da produção para 172 países. 

No conjunto das duas valências, calçado e artigos de pele, soube-se este mês que foram vendidos ao exterior, no ano passado, produtos no valor de 2.347 milhões de euros, um crescimento de 22,2% e novo recorde.

No caso do calçado, as vendas atingiram os 2.009 milhões de euros, mais 20,2%, mas não foi só a reboque do preço. Portugal exportou 76 milhões de pares de calçado, um aumento de 10,5%. 

Ainda assim, a APICCAPS, associação que representa o setor, sinaliza que “foi um ano mais complexo do que os números à primeira vista faziam adivinhar”, tendo em conta os efeitos da pandemia e a guerra mas também “outros fatores de incerteza, em especial a escassez de mão-de-obra qualificada, o aumento acentuado da inflação e seus reflexos na política monetária, a emergência de novos canais de distribuição, a afirmação de novos concorrentes, as alterações nas preferências dos consumidores, as incertezas sobre a evolução do consumo e a disrupção nas cadeias de abastecimento internacionais”.

A APICCAPS nota, no entanto, que a performance de 2022 não apaga a incerteza para este ano. “Não obstante os bons resultados em 2022, o abrandamento económico generalizado está a causar alguma apreensão junto do universo do setor”, sublinha a associação.

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