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Bruno José Silva em bienal parisiense

O artista visual Bruno José Silva foi o único português selecionado para a Bienal da Imagem Tangível, que vai decorrer em Paris entre 01 de novembro a 03 de dezembro, dedicada a novas práticas artísticas relacionadas com fotografia. 

O júri desta 3.ª edição da bienal selecionou 40 artistas dos 700 que se candidataram, tendo escolhido 34 propostas para, durante um mês, apresentar exposições e eventos no centro de Paris, onde Bruno José Silva irá instalar a peça “Limit of Disappearance” (“Limite do Desaparecimento”, em tradução livre do inglês).

A instalação, que nasce de um cruzamento entre artes visuais e robótica, expõe o visitante a uma imagem criada a partir de imagens disponíveis em bases de dados ´online´, “numa procura de abstração de sentido e de quebra de qualquer potencial de espetacularidade”, segundo a página ´online´ do artista.

Constituída por uma imagem impressa em tecido, suspensa num mecanismo de roldanas, e em que uma das extremidades “está sob um reservatório metálico coberto de tinta de óleo preta, o mecanismo é ativado pela presença do visitante que provoca uma transformação irreversível da imagem”. 

“Consequentemente, os visitantes seguintes que decidam entrar, irão observar a imagem na ótica dos que a transformaram anteriormente. Cada espectador é responsável não só pela sua escolha, mas por aquilo que os próximos irão visualizar”, num processo que tem como objetivo “refletir sobre a crise e a massificação das imagens com o surgimento da tecnologia, pelo modo como esta contamina, condiciona e (de)forma o indivíduo”.

A obra esteve em circulação nacional por vários espaços expositivos, tais como, o Banco das Artes Galeria (Leiria), o Centro de Experimentação Artística – Casa Varela (Pombal) e a Galeria Municipal Paços (Torres Vedras).

Nascido em 1992, em Leiria, Bruno José Silva é um artista interdisciplinar que trabalha na intersecção de artes, ‘media’, tecnologia e investigação centrada no conceito de imagem na era contemporânea, explorando diferentes abordagens e metodologias. 

Expõe regularmente desde 2016 e das exposições mais recentes destacam-se “Midnight Sun” na Mono Lisboa, “Dream sequence”, no Marvila Art District, “Um corpo, um rio”, na Galeria Liminare, também na capital.

Paralelamente ao seu trabalho, colabora com a companhia de teatro Plataforma285 e outros autores na criação de cenografia e de fotografias promocionais. 

Entre os artistas selecionados, alguns a trabalhar em dupla, estão ainda o brasileiro Tomás Amorim ou Cedric Arnold, Hélène Bellenger, Luz Blanco, Daniel Bourgais, Edouard Burgeat, Anne-Lou Buzot, Clara Chichin & Sabatina Leccia, Emilio Chiofalo e Bastien Cuenot.

O programa da bienal centra-se em torno de uma exposição comissariada pela organização, e de dez exposições que reúnem os artistas vencedores do concurso selecionados por um júri de profissionais do mundo da arte, imagem e fotografia.

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