Triste navio desfraldado
já não brilhas nas águas
procuraste outro porto, outro abrigo,
já não precisas das minhas costas.
Afasto-me da baía finalmente
já vejo mais céu, mais sol, mais mar
os vulcões furiosos já estão longe
mas a âncora ainda se deixa enlear.
Os ventos amainam e a manhã clareou,
repudio esta navegação
que me perdeu e transviou
anseio por oceanos sem fundo.
Mas dai-me um astrolábio para que eu reconheça
as minhas armadas, as minhas frotas e as minhas rotas
para que nunca mais me esqueça
de seguir o meu instinto.
JLC2003
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.