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Anda pelos lados de Évora?

A música e danças urbanas estão de “mãos dadas” no Évora Urban Village, um festival nesta cidade alentejana, de 18 a 21 de setembro, que apresenta nomes como Blaya, Virgul, Mishlawi, Criolo, Momentum Crew ou Max Oliveira.

O Évora Urban Village – Festival de Música, Dança e Artes Urbanas é promovido pela câmara municipal, com produção artística da AMG Music, e pretende “fazer a cidade dançar”, assumiu hoje a organização.

Numa cidade cujo centro histórico é Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), desde 1986, e que já assumiu que é candidata a Capital Europeia da Cultura em 2027, este novo certame é “virado para os jovens”, com “um foco especial na música e nas danças urbanas”.

Concertos, espetáculos de dança de diversos géneros urbanos com “alguns dos mais importantes talentos nacionais e internacionais, com enérgicas apresentações pensadas especialmente para este contexto”, debates, ‘workshops’, arte urbana ao vivo, exposições, projeções multimédia ou ‘masterclasses’ são propostas do programa, ao longo dos quatro dias.

As iniciativas ocupam vários espaços da cidade, como a Praça do Giraldo, a Galeria W52, a Fundação Inatel e, sobretudo, a Mata do Jardim Público, acrescentou a organização.

Contactado pela agência Lusa, o diretor do festival, António Miguel Guimarães, assumiu tratar-se de um evento “claramente urbano e focado na música mais dançável” e na própria relação desta com a dança.

“Estamos a falar de dança que os jovens hoje praticam, numa área que é muito vasta e que vai desde o hip-hop ao afro e a muitos outros estilos. O conceito é, precisamente, fazer um festival diferenciado, mas focado numa área” e esta, “apesar de tudo é grande, mas é muito urbana e muito específica”, argumentou.

Os jovens são o público-alvo, mas a programação também está aberta “a todos os que gostam de dançar, sem olhar à idade”, salientou o diretor e produtor artístico, frisando que, no festival, há “diferentes áreas artísticas que se cruzam, tal como os públicos”.

E toda esta visão urbana e géneros de artes com raízes mais urbanas enquadram-se perfeitamente em Évora, na opinião de António Miguel Guimarães. Aliás, podem “nascer em qualquer lado”.

“Évora é uma cidade extraordinária e fantástica do ponto de vista cultural, que tem tudo. O mundo mudou desde que temos a Internet, ninguém sabe quais são os pontos de origem e onde é que começa a criação”, porque esta pode ter origem “no meio da Amazónia, no Alasca, na Sibéria, em Angola ou em Évora”, afiançou.

O programa musical, que “tem nomes muito fortes para a primeira edição”, apresenta concertos com Blaya, Mishlawi, Virgul ou o brasileiro Criolo, “que cruza samba com hip-hop, rap e outras coisas novas”, resumiu o diretor.

Na dança, “o programa é de enorme qualidade” e o público vai poder “assistir aos Momentum Crew, do Porto, que têm ganho às ‘super-crews’ norte-americanas todas e há vários anos que são campeões mundiais” de breakdance, realçou o diretor.

“Temos também ‘workshops’ programados com Max Oliveira”, professor universitário de dança, produtor de espetáculos, coreógrafo e que já ganhou competições europeias e mundiais com os Momentum Crew, disse ainda o produtor artístico.

Um ‘workshop’ e ‘masterclass’ pelo coreógrafo vietnamita Duc Anh Tran, a dança hip-hop do grupo algarvio Sparks ou a dança urbana dos RP Dancers (Póvoa do Varzim), DJ ‘sets’, graffiti e outras atividades preenchem também o festival.

 

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