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Alemanha e França querem avançar com pacto europeu para as migrações

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A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, anunciou sexta-feira que o seu Governo apoia a proposta da França de desbloquear as negociações para o novo Pacto para as Migrações e Asilo na União Europeia, com avanços “passo a passo”.

“Podemos imaginar que, no caminho para um sistema comunitário de asilo, uma coligação de Estados anfitriões dispostos a acolher nos ajudaria a fazer progressos”, disse Faeser numa conferência de imprensa conjunta com a comissária europeia do Interior, Ylva Johansson, em Berlim.

Segundo a ministra, a crise migratória na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia mostra que a União Europeia (UE) precisa de um sistema de asilo “eficiente e resiliente”, razão pela qual o seu governo, que pretende abordar a questão com um novo “espírito”, vê a necessidade de uma reforma “fundamental”.

Apresentada em setembro de 2020 pela Comissão Europeia, a proposta do Novo Pacto europeu para a Migração e Asilo mantém-se ainda em negociações no seio do bloco comunitário.

França tem este semestre a presidência rotativa do Conselho da UE e Faeser declarou apoio à “ideia da presidência francesa de avançar passo a passo com a reforma”, que considerou “uma oportunidade para desbloquear frentes endurecidas e chegar a compromissos”.

O facto de alguns Estados-membros se oporem à mudança não deve ser suficiente para a fazer falhar, disse Faeser, que defendeu que, em certos pontos, um “núcleo” de países dá um passo em frente para que outros sigam o exemplo mais tarde.

O governo do chanceler alemão Olaf Scholz, uma coligação tripartida de sociais-democratas, Verdes e Liberais, pretende cumprir as suas responsabilidades em termos de direitos humanos, de proteção dos refugiados e de combate às causas dos deslocamentos, adiantou.

A Alemanha, referiu, também espera que um sistema de asilo da UE contenha medidas para reduzir a migração irregular e que seja formada uma frente europeia comum para negociar o regresso de migrantes rejeitados a países terceiros.

Por seu lado, Johansson expressou a esperança de que, durante a presidência do Conselho da UE, a França consiga fazer progressos “na negociação política” do Pacto e salientou que, para isso, é essencial uma “estreita cooperação” entre a França e a Alemanha.

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