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Alda Miranda: 15 anos dedicados a ajudar os timorenses

A irmã Alda Miranda, Franciscana de Nossa Senhora das Vitórias, esteve 15 anos em Timor-Leste em missão, depois de ter feito a “viagem mais longa da sua vida”. “Quando soube fiquei com o coração pequenino e apertado, pensando na distância, pensar que ia para um país que estava a sair de uma guerra, não foi fácil mas Deus vai-nos preparando; foi a viagem mais longa da minha vida e ainda no avião olhei para baixo e fiquei assustada”, confessa.

A religiosa aceitou o desafio da abertura de uma nova comunidade da congregação, “a convite do bispo de Bau Cau, D. Basílio Nascimento”, e foi naquele país que descobriu “o bichinho da missão”.

“Já lá descobri o bichinho da missão, não sabia que tinha este impulso missionário e aquele povo também me fez missionária”, afirma.

A irmã Alda Miranda, perante o cenário de guerra que encontrou, teve algum receio “porque nunca tinha estado em ambiente pós guerra” mas manteve a confiança.

“Façamos todo o bem que nos é possível, uma frase da nossa fundadora Mary Wilson que me acompanhava”, revela.

A Franciscana de Nossa Senhora das Vitórias ficou 15 dias em Díli para tratar de documentos e conhecer mas depois seguiram para Bau Cau onde tudo estava pronto para receber as irmãs.

“Tinham uma casa de palapa, troncos da palmeira, muito limpa e asseada, que seria a casa das irmãs e fomos recebidas segundo a cultura timorense”, afirma.

O “calor húmido e pesado” era um incómodo a q não estava habituada, depois a falta de eletricidade e de água, foram circunstâncias difíceis nos primeiros tempos.

Depois de ir conhecendo mais o povo timorense a irmã Alda percebeu que tinha de “saber aceitar aquilo que o povo dá” e gostou muito de lá estar.

A religiosa ainda deu aulas numa escola secundária onde a alimentação era muito deficiente mas o entusiasmo dos jovens davam uma grande esperança no futuro.

“É um povo alegre, muito acolhedor e sorridente, com um sentido de família muito profundo, e de fraternidade que me deu a lição que vale a pena lutar, eles lutaram pela sua independência, um pais pequeno e pobre que conseguiu vencer uma potência tão grande; e o esforço que fizeram assente na oração, o que me chamou a atenção”, aponta.

A irmã Alda Miranda, atualmente numa comunidade na diocese de Bragança-Miranda, trouxe “muita riqueza de valores” dos 15 anos em que esteve em Timor-Leste.

 

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